Aproveitamos esta data em que Fortaleza completa mais uma primavera, mais um verão, mais um outono ou mais um inverno, conforme a preferência, para formular as seguintes indagações: você, fortalezense, qual tem sido o seu papel nesta terra??? De que forma você pensa estar contribuindo para que esta metrópole tumultuada e heterogênea seja como ela é???
Não sei se já reparou, mas as cidades, por menores que sejam, não se fazem apenas com prédios, asfalto, postes, fiação, luzes, trânsito, poluição, indústrias e comércios, mas também e essencialmente com pessoas. Sem elas, as cidades param. As cidades dependem não apenas das pessoas, mas de seus movimentos e da energia que elas geram. Elas são nossas Matrix, e nós somos as pilhas aprisionadas nas usinas que as alimentam. Em contrapartida, elas nos retroalimentam com as realidades que nos oferecem a cada um de nós, em seus mais diversos sabores e matizes. Note que qualquer adversidade que interrompa o fluxo de pessoas numa cidade faz que essa cidade praticamente pare de funcionar, de uma forma ou de outra, porque, se as pessoas não conseguem se deslocar e chegar aos seus destinos diários, os mais diversos serviços dos quais a cidade precisa para funcionar, como escolas, universidades, bancos, comércios, indústrias e construções, por exemplo, não funcionam. Serviços essenciais como saúde e segurança pública, por exemplo, também ficam prejudicados. Todos os cidadãos, ricos ou pobres, sentem as consequências, de uma forma ou de outra. Então, não pense você, que nem pisa ou olha para o chão, que se sente andando sobre as cabeças dos outros, não necessariamente como os piolhos, mas que talvez se desloque de helicóptero todos os dias, entre sua casa e seu trabalho, que está livre dos mesmos problemas que aqueles pobres mortais.
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