Estive em Natal, capital do Rio Grande do Norte, pela primeira vez há dezesseis anos, quando prestei vestibular pela primeira vez. Desde então, aquela cidade parece ter crescido bastante. Salvo engano, à época, Natal contava com apenas dois shopping centers. Da última vez que por lá estive, no começo deste ano, percebi que já havia pelo menos uns cinco.
Natal me pareceu mais bem estruturada que Fortaleza. Lembro-me de ter cruzado a cidade algumas vezes, através de uma extensa avenida, que dá continuidade à uma rodovia federal que chega até a cidade, e aquela avenida possui vários viadutos, além de incontáveis entradas e saídas que deixariam perdido qualquer viajante desavisado que por lá se aventurasse. A avenida possui ainda alguns trechos onde a velocidade máxima permitida é de 80km/h. Em Fortaleza, como já foi dito, só conheço uma avenida que permite essa velocidade, em zona urbana, que é a avenida Senador Carlos Jereissati, que dá acesso ao nosso aeroporto, mas, como já foi dito, na dúvida, prefiro ainda seguir um conselho que meu tio Franzé me deu, quando tirei a carteira de motorista, há catorze anos, para não passar dos 60Km/h dentro da cidade.
Sempre tive vontade de morar lá. Sempre ouvi falar bem de Natal. Até bem pouco tempo atrás, ela era considerada a capital mais tranquila do Brasil, mas, lamentavelmente, já não é mais. Esta informação foi confirmada por um taxista local. Ele me contou que, lamentavelmente, as ocorrências de homicídios estão cada vez mais intensas por lá. Na verdade, não é somente lá. Depois conversamos mais sobre isso.
Ele me contou também que muitos condutores de veículos automotores criaram estratégias para burlar as blitz da Lei Seca que são realizadas intensa e sistematicamente por lá. Uma delas seria o sujeito, ao sair de um bar ou de um restaurante, depois de haver consumido bebida alcoólica, pagar algum taxista para passar seu carro, com ele dentro junto, pela barreira policial, e os dois se separarem, mais adiante. Ele me contou ainda que por lá é muito comum ver transitando motocicletas do tipo "cinquentinha", aquelas com motores de cinquenta cilindradas que, salvo engano, não tinham placas e não requeriam habilitação específica junto ao DETRAN para serem pilotadas. Essas motocicletas estariam envolvidas em muitos acidentes de trânsito por lá.
A cidade de Natal tem este nome por ter sido fundada em 25 de dezembro de 1599. Apesar do nome, não deve chegar a ser necessariamente o retrato do Natal que, não apenas os natalenses, mas todos os brasileiros também, gostariam de celebrar. Não chega a ser um paraíso. Lá não cai neve, mas houve uma época em que parte da população falava inglês fluentemente e negociava em dólares, como se pode ver no filme For All. De qualquer maneira, desejamos Feliz Natal, para Natal e para o resto do Brasil e do mundo.
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