Certa vez, alguém disse que o preguiçoso trabalha mais que o trabalhador. Essa colocação procede, se levar em conta que o preguiçoso, cedo ou tarde, terá de trabalhar muito mais e pagar com juros, a fim de recuperar parte do tempo perdido, se quiser obter um padrão de vida próximo ao do homem trabalhador e prudente.
Pode acontecer que o preguiçoso tenha a sorte de que as coisas lhe caiam do céu, ainda que seja às custas de uma desculpa qualquer, como um delírio qualquer, seja próprio ou de quem vive próximo. Um delírio, por exemplo, que o faça pensar que, quando seu vizinho está com uma dorzinha de cabeça, uma "murrinha", uma gripezinha ou coisa parecida, isso dá direito a ambos e seus familiares de fazerem corpo mole, deitarem nas suas redes e todos viverem felizes e às custas do governo e da moléstia de um deles ad eternum.
De qualquer maneira, aquela frase não dá direito a quem se considerar mais trabalhador que os outros de curtir suas férias viajando pelo mundo e voltar esnobando aqueles que trabalham de sol a sol presos à terra, de domingo a domingo, como George Bailey, no clássico A Felicidade Não Se Compra, que, como já foi dito, abdicou de um tempo para si em favor de seus familiares e sua comunidade. Porque é muito desagradável bater ponto em um lugar todos os dias e alguém vir a insinuar que você é um vagabundo.
De qualquer maneira, aquela frase não dá direito a quem se considerar mais trabalhador que os outros de curtir suas férias viajando pelo mundo e voltar esnobando aqueles que trabalham de sol a sol presos à terra, de domingo a domingo, como George Bailey, no clássico A Felicidade Não Se Compra, que, como já foi dito, abdicou de um tempo para si em favor de seus familiares e sua comunidade. Porque é muito desagradável bater ponto em um lugar todos os dias e alguém vir a insinuar que você é um vagabundo.
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