Lição moral bastante atual

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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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sábado, 27 de dezembro de 2014

Em alta estação




             Há pouco mais de vinte anos, a novela global Tropicaliente foi quase toda gravada e ambientada em Fortaleza e em praias desta região metropolitana. Esta terra nunca esteve antes tão em evidência na mídia nacional e, mais tarde, também na mídia internacional, quando a produção chegou a ser exibida por emissoras de TVs estrangeiras. 


             Com a novela, ganharam, principalmente, a cultura, o turismo e a política locais. Ela ajudou a vender para o Brasil e para o mundo uma imagem do Ceará como um paraíso tropical permanentemente alegre, uma Pasárgada de Manuel Bandeira, uma espécie de terra da fantasia, comparável a outros destinos turísticos visados do Brasil, do Caribe e do Pacífico, lugares onde, aparentemente, ricos e pobres vivem lado a lado, felizes à beira mar, vivendo de brisas, sombras e águas frescas. Muita gente pelo mundo afora ainda vê este lugar apenas como uma espécie de clube de veraneio, um lugar para vir apenas farrear, mas não como um lugar para trabalhar e viver.

             Quem contestaria aquele ponto de vista, numa época de euforia nacional, com a entrada em vigor da nova moeda, o real, trazendo consigo a promessa do fim da inflação, e com a Seleção Brasileira de Futebol sendo tetracampeã mundial???


             Não mudou muita coisa por aqui, ao longo de duas décadas. Naquele tempo, por exemplo, Fortaleza já não era mais uma coisa só. Como já foi dito, já era uma das maiores metrópoles do país, um conglomerado heterogêneo de várias cidades dentro de uma só. Obviamente, a imagem vendida de Fortaleza para fora era e ainda é a imagem apenas de uma das Fortalezas que conhecemos dentro desta Grande Fortaleza, uma imagem que não representa efetivamente a maioria das pessoas do lugar. A Fortaleza em evidência é aquela Fortaleza mais centralizada e mais badalada, a Fortaleza da opulência, das grandes obras e da ostentação, a Fortaleza da Fortaleza, a capital da capital, que concentra boa parte dos produtos, serviços e meios de comunicação, e, consequentemente, por onde passa a maioria das nossas vidas, grosso modo, queiramos ou não.

             Hoje, o Ceará é governado por um grupo político aparentemente ligado à esquerda liberal e alinhado aos interesses do governo nacional, que também é de esquerda liberal, mas, há vinte anos, este mesmo grupo político de agora já compunha o governo cearense, que era de direita conservadora e que já trabalhava com empreendimentos milionários, muita publicidade e pouca vocação social. Convenientemente, esse grupo mudou de vertente, ao longo dos anos, com as mudanças nas configurações do poder, em Brasília.

             Deixe-nos contar uma história para ilustrar. Em um dos debates entre os candidatos à governador, nessas últimas eleições, o candidato apoiado pelo governo acusou o candidato da oposição de não ter um lado definido, porque este e seu partido teriam feito parte do governo, até alguns meses antes do começo das campanhas eleitorais. Este candidato opositor parecia querer ser candidato a qualquer custo, mas o governador não o teria apoiado. Este candidato é filiado ao mesmo partido político, há cerca de quarenta anos, e, por ser senador de um partido que apoia o presente governo nacional, ele conta com prestígio e transita bem nos altos círculos políticos de Brasília. O candidato situacionista tem menos experiência na política partidária, mas seus principais padrinhos políticos migraram de legenda diversas vezes, transitando da direita para a esquerda, conforme a conveniência, nas últimas três décadas. Quanta fisiologia!!!

              Uma das principais mudanças experimentadas em nossa terra, nestas duas décadas, é o aumento da violência, reflexo, pelo menos em parte, das faltas de atenção e de dedicação maiores com o futuro das crianças e dos jovens que nasceram neste período e que representam a faixa etária predominante dos autores atuais da violência, porque foram profundamente corrompidos e continuam corrompendo as gerações sucessivas, cada vez mais precocemente.


              A delinquência assola o interior da mesma maneira que assola a capital. Com acesso facilitado à armamentos, explosivos, veículos e outros insumos, bandos se formam em áreas rurais e praticam delitos cada vez mais ousados, chegando a explodir caixas eletrônicos e agências bancárias, por exemplo. Para isso, eles agem como os cangaceiros do início do século XX, invadindo cidades, atacando destacamentos policiais e delegacias e intimidando a população.

              A situação parece estar fora de controle. Nossa capital é um dos lugares onde mais se mata neste país, porque, além da impunidade global propiciada por leis e autoridades frágeis, as nossas polícias não são atuantes como as do eixo Rio-São Paulo. Elas assistem a tudo de braços cruzados e não tomam atitude alguma. Enquanto isso, em São Paulo, por exemplo, as polícias caçam e prendem as quadrilhas mais perigosas, prendendo seus integrantes em seus respectivos domicílios, como você pode ver nos programas policiais da TV, no final da tarde.



              Infelizmente, como já foi dito, apesar de o Ceará estar em situação relativamente amena, se comparado com outros Estados, e de ter havido certa melhora geral no padrão de vida da população, aqui ainda estamos muito carentes de tudo e muito distantes de sermos a Disneylândia ou a Suíça. Portanto, não aconselhamos a quem está do lado de fora que venha passear ou morar aqui.





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