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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Paulicéia Desvairada


                   Como você já sabe, a cidade de São Paulo completou, neste último sábado, 460 anos de existência. A imprensa não falava em outra coisa. Precisava escrever algo a respeito disto, embora não simpatize muito com aquele lugar. Não presto ao eixo Rio - São Paulo o mesmo culto nem a mesma reverência que o restante do país lhe presta.

                   No entanto, por São Paulo ser um cartão postal de meu país, um centro de captação, de concentração e de irradiação, pelo menos parcial, de riquezas financeiras, políticas, esportivas, sociais e culturais, nossa Nova Iorque tupiniquim, um (mau) exemplo de metrópole, de tão encharcada de água, quando chove, de tão viscoso que fica seu ar, nas épocas mais frias do ano, de tão viscosas que ficam suas ruas e avenidas, por causa do trânsito que não flui, o que dificulta muito o deslocamento pela cidade, de tão hipertrofiada de concreto, de asfalto e de gente, depois de ter crescido tanto, até não se comportar, fazendo que parte do excedente populacional periférico que acabou alijado do progresso do lugar e que não conseguiu seu lugar ao sol, ou melhor, na garoa, busque outros meios nada convencionais de sobrevivência, tornando Sampa um inferno, enfim, por essas e outras, considero os paulistanos um verdadeiros heróis.

                   Os moradores de São Paulo, ou melhor, os sobreviventes de São Paulo, os que nasceram e se criaram lá ou os que migraram para lá, como meu amigo Fujita, por exemplo, são uns heróis, porque resistem em uma selva de pedra, com algumas ilhas verdes, imersa em nevoeiro e poluição, onde se ouvem mais, em vez de pássaros cantando, buzinas e motores de veículos e de indústrias. Os paulistanos, em geral, resistem, cheios de amor à terra, além de otimismo e de esperança no futuro, num lugar que, apesar de tão grande, já está superlotado, mas que parece coração de mãe, onde sempre cabe mais um. Um lugar onde a presença e a circulação de tanta gente concentrada num mesmo espaço devem ser incômodas, e a respiração, difícil.

                   Tudo bem que outras cidades devem ter os mesmos problemas, mas, em São Paulo, eles parecem multiplicados por quatro, se levar em conta o tamanho do município e a população que nele habita. Porque São Paulo, como Fortaleza, guardadas as devidas proporções, também é um conglomerado de várias cidades reunidas numa só. Não me imagino vivendo num lugar como Sampa. Em Fortaleza já me sinto meio que sufocado. Por tudo que os paulistanos.são obrigados a suportar no cotidiano, admiro-os. A rotina deles deve ser épica.

                   Viver num dos principais centros do país e das atenções tem seu preço. Há alguns anos, em uma edição do concurso Miss Brasil, os jurados perguntaram à uma das candidatas onde ela gostaria de reinar, se eleita fosse. Ao que ela respondeu, mais ou menos assim: "Acho que no Rio de Janeiro ou em São Paulo, onde as coisas acontecem". Mais alguns anos se passaram, e uma Miss Brasil, não necessariamente a mesma, que morava em São Paulo, mas veio de outro Estado, se queixou de ter sido assaltada algumas vezes.

                   Alguém que vive em São Paulo pode até tentar sair dela, mas ela certamente não sairá dele. Quando um paulistano resolve sair da cidade para tirar uns dias de folga no litoral paulista, por exemplo, pelo menos uns oitenta por cento dos outros habitantes do lugar tiveram a mesma ideia. Então, para onde o paulistano vai, leva sua cidade consigo, juntamente com sua garoa, sua turbulência, suas tensões e seus demais problemas pertinentes.

                   Enfim, o povo de São Paulo, apesar dos pesares, vive feliz em sua casa e ama o lugar onde vive, embora não esteja plenamente satisfeito com a situação atual da casa. Tanto que, vez por outra, se mobiliza para protestar. O paulistano ainda consegue sonhar com um futuro melhor para si e para seus descendentes, mas precisa trabalhar para que seus sonhos se concretizem. Feliz Aniversário, São Paulo, com muita saúde e alegria de viver.




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Parciais apurados em impostos - Fortaleza e Brasil