Você deve ter recebido notícias de que o número de beneficiados com as bolsas assistenciais do governo aumentou, mas que, apesar disso, a miséria no Brasil, que vinha decaindo, nos últimos dez anos, tornou a aumentar.
O presente governo diz que tirou milhões de pessoas da miséria. Isso é uma meia verdade. De fato, muitos brasileiros tiveram oportunidade de ascender socialmente, não necessariamente por causa das bolsas assistenciais, mas porque, em geral, a renda do trabalhador brasileiro aumentou, embora as desigualdades sociais também tenham aumentado, porque o aumento de renda teria sido mais pronunciado nas classes sociais mais elevadas.
Talvez o número de beneficiários das bolsas concedidas pelo governo tenha aumentado, porque as famílias beneficiadas continuam aumentando em componentes, embora os institutos de estatísticas e os professores de geografia nos digam que a taxa de natalidade caiu.
As famílias que vivem exclusivamente às custas de uma das bolsas não tiveram um incremento tão significativo de renda assim e, logo, não conseguiram subir de classe social. Se os valores das bolsas são pífios, como eles se contentam com tão pouco? Talvez eles tenham a noção de que os valores são insuficientes para a subsistência de uma família ou até mesmo de uma só pessoa, mas eles também devem pensar que é melhor um pássaro na mão do que dois voando.
O objetivo dessas bolsas seria apenas dar um empurrãozinho para que indivíduos ou famílias aprendessem a se sustentar e a caminhar com as próprias pernas, a curto ou médio prazo, mas não seria interessante que eles se acomodassem e permanecessem dependentes das bolsas por tempo indeterminado, em vez de tentarem a (re)inserção no mercado de trabalho, quando possível.
Um dado interessante é que os programas de transferência de rendas mais onerosos aos cofres públicos não são as bolsas assistenciais, mas os BPCs (Benefícios de Prestação Continuada), que são mais antigos e que compreendem as diversas formas de aposentadorias distribuídas pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) para os idosos e para muitos jovens considerados incapazes de trabalhar e de cuidar deles próprios, por limitações físicas ou mentais.
O número de beneficiados pelos BPCs é menor que o número de beneficiados pelo Bolsa-Família, por exemplo, mas os valores dos proventos são superiores e equivalentes a um salário mínimo, o que motivaria uma intensa procura por esse tipo de assistência, lotando as salas de espera dos consultórios médicos, especialmente psiquiátricos, paradas obrigatórias para quem deseja ir a um posto do INSS submeter-se ou submeter alguém a uma perícia médica.
Há pessoas e famílias que tentam se valer das doenças de alguém como uma fonte adicional de renda. É um direito que lhes cabe. Há casos e casos. Não pretendemos questionar se aquelas doenças são realmente tão comprometedoras assim das capacidades laborais daquelas pessoas ou sobre o que de fato é feito com aquele dinheiro, que deveria teoricamente ser empregado única e exclusivamente em prol dos pacientes, mas pode acabar sustentando famílias inteiras.
Como já foi dito, não pretendemos criticar quem se tornou estritamente dependente do governo. Se é justo ou não que uma parcela significativa da população receba proventos do governo sem trabalhar, como se fossem marajás, não nos cabe julgar e dar uma resposta certa e definitiva, pois esse tema é tão polêmico que quase derrubou um presidente, como se pode ver no vídeo que abre esta postagem, e que merece uma discussão e uma reflexão profundas, de toda a sociedade. O fato é que a concessão dessas benesses sociais já nos parece ter-se tornado banalizada.
O presente governo diz que tirou milhões de pessoas da miséria. Isso é uma meia verdade. De fato, muitos brasileiros tiveram oportunidade de ascender socialmente, não necessariamente por causa das bolsas assistenciais, mas porque, em geral, a renda do trabalhador brasileiro aumentou, embora as desigualdades sociais também tenham aumentado, porque o aumento de renda teria sido mais pronunciado nas classes sociais mais elevadas.
As famílias que vivem exclusivamente às custas de uma das bolsas não tiveram um incremento tão significativo de renda assim e, logo, não conseguiram subir de classe social. Se os valores das bolsas são pífios, como eles se contentam com tão pouco? Talvez eles tenham a noção de que os valores são insuficientes para a subsistência de uma família ou até mesmo de uma só pessoa, mas eles também devem pensar que é melhor um pássaro na mão do que dois voando.
O objetivo dessas bolsas seria apenas dar um empurrãozinho para que indivíduos ou famílias aprendessem a se sustentar e a caminhar com as próprias pernas, a curto ou médio prazo, mas não seria interessante que eles se acomodassem e permanecessem dependentes das bolsas por tempo indeterminado, em vez de tentarem a (re)inserção no mercado de trabalho, quando possível.
Um dado interessante é que os programas de transferência de rendas mais onerosos aos cofres públicos não são as bolsas assistenciais, mas os BPCs (Benefícios de Prestação Continuada), que são mais antigos e que compreendem as diversas formas de aposentadorias distribuídas pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) para os idosos e para muitos jovens considerados incapazes de trabalhar e de cuidar deles próprios, por limitações físicas ou mentais.
O número de beneficiados pelos BPCs é menor que o número de beneficiados pelo Bolsa-Família, por exemplo, mas os valores dos proventos são superiores e equivalentes a um salário mínimo, o que motivaria uma intensa procura por esse tipo de assistência, lotando as salas de espera dos consultórios médicos, especialmente psiquiátricos, paradas obrigatórias para quem deseja ir a um posto do INSS submeter-se ou submeter alguém a uma perícia médica.
Há pessoas e famílias que tentam se valer das doenças de alguém como uma fonte adicional de renda. É um direito que lhes cabe. Há casos e casos. Não pretendemos questionar se aquelas doenças são realmente tão comprometedoras assim das capacidades laborais daquelas pessoas ou sobre o que de fato é feito com aquele dinheiro, que deveria teoricamente ser empregado única e exclusivamente em prol dos pacientes, mas pode acabar sustentando famílias inteiras.
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