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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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terça-feira, 28 de maio de 2013

Tempo e tempestade


                E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. Mateus 8: 26


                Todos gostamos de ver a calmaria diante de nossos olhos e sentir a paz ao nosso redor, principalmente quando tudo está funcionando bem, em seu devido lugar, e os ventos sopram em nosso favor. Infelizmente, tais momentos são efêmeros, porque não conseguimos manter a estabilidade por muito tempo. De uma hora para outra, existem chances consideráveis de as coisas mudarem e o ambiente ficar pesado, o que, por um lado, é ruim, mas também pode ser bom.

                Quando estou de plantão, por mais tranquilo e menos movimentado que esteja, fico sempre naquela tensão, esperando acontecer alguma intercorrência que requeira minha intervenção, especialmente se for algo que envolva o risco de morte, por menor que seja este risco. Não posso me dar o luxo de dormir, da mesma forma que durmo em casa. Apenas alguns cochilos reparadores.


                No meu cotidiano, principalmente nos plantões, fico ansioso para que o tempo passe, mas não consigo deixar de segurar o tempo em rédeas curtas. Quero ter o controle sobre ele e não consigo deixá-lo corrê-lo à vontade. Um sentimento paradoxal. Quero chegar logo ao final deste ano, mas não sei se estarei pronto, ao chegar lá. É mais ou menos o mesmo sentimento que me dominava, em outros tempos decisivos da vida, como há três e quinze anos, por exemplo.

                Então, plantões, para mim, não deixam de ser jornadas de ansiedade mais intensa do que em outras horas do dia. Por mais que eles transcorram tranquilamente, estando fora de casa e contando apenas com nossa pobre ciência e com a providência divina, nunca se sabe o que nos espera. Como escrevi, em postagem anterior, tenho medo da morte. Tenho medo de que ela atinja este que escreve e, principalmente, aqueles que estão ao seu redor, especialmente quando suas vidas estão em minhas mãos.


                Por isso que, às vezes, veja bem, às vezes, é preferível que o plantão esteja moderadamente movimentado, desde que o mundo não esteja desabando em nossas cabeças e que estejamos conseguindo dar conta das demandas, com alguns breves, esporádicos e estratégicos períodos de calmaria que nos permitam respirar um pouco. Nessas circunstâncias, temos quase certeza de que pior do que está não fica. Além disso, um plantão médico que tenha uma demanda regular é o que dá razão e sentido à existência de um serviço de saúde, pois o que move as engrenagens do mundo é o equilíbrio entre a estática e a dinâmica.


                Apesar disso, o que desejamos é "que a saúde se difunda sobre a Terra" (Eclesiástico 38: 8). Desejamos que ninguém adoeça, por qualquer razão, de uma hora para outra, especialmente na fase mais produtiva de sua vida. Como já devo ter dito em postagem anterior, os serviços de saúde que funcionam em regime de plantão devem ser encarados como o estepe ou como o extintor de incêndio de um carro, itens os quais o proprietário deve fazer todo o possível para evitar usá-los, mas, em último caso, se necessários, devem estar prontamente disponíveis. Assim somos nós, os profissionais de saúde que trabalham em plantões. Desejamos que ninguém precise de nossos serviços, embora, às vezes, ganhemos por produtividade, mas, se precisarem de nós, estamos à disposição.                
                
             
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