Por vezes, vivo como se fosse um garimpeiro, à procura de jazidas das quais possa extrair algumas pequenas pedras preciosas que sejam suficientes para pagar minhas contas. O rendimento de meu trabalho é pequeno. Muitos esforços físico e mental para obter algumas pepitas de ouro, que não são suficientes para compensar os investimentos com a exploração delas, nem para pagar todas as contas.
Ando pelo mundo como quem procura a sorte em máquinas de caça-níqueis, a fim de conseguir algumas moedas para seu sustento temporário. Esta é uma das poucas coisas em comum que tenho com aquele flanelinha de quem falei, há algumas postagens.
Continuo vivendo em uma montanha-russa, com seus altos-e-baixos, meses gordos e meses magros. Por vezes, tenho a sensação de estar dentro de um buraco ou de estar me debatendo na areia movediça, e, quando estou prestes a sair, é como se alguém calcasse o pé sobre mim e me empurrasse de volta para dentro.
Nos últimos dois anos, quanto mais tive esperança de sair de uma determinada situação, maior a sensação de estar sendo sugado por ela. Por vezes pensei algo como "desta água não beberei". Nunca imaginei que fosse passar pelo que estou passando hoje, me vendo obrigado a me submeter a certos tipos de trabalho para sobreviver. De qualquer maneira, ainda bem que posso contar pelo menos com esses trabalhos para ir levando a vida.
"Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna".
João 4, 13-14
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