No começo de uma aula on line de uma faculdade de medicina, no Ceará, para exortar os alunos a iniciar os trabalhos, ingenuamente, o professor fez uma colocação infeliz. De modo jocoso, ele quis estabelecer um comparativo entre o fato de o estudante de medicina se defrontar com muito conteúdo a ser assimilado e o fato de alguém sofrer um tipo de violência. Seu comentário quase passou despercebido, mas aquilo acabou registrado e propagado por alguém nas redes sociais e na mídia, certamente alguém que não gostava dele e se aproveitou de uma falha dele para lhe destruir a reputação.
Noutra faculdade de medicina, em São Paulo, também em aula virtual, visando ensinar aos alunos como entrevistar um paciente, um professor colocou uma máscara e imitou um jeito estereotipado de falar que seria de uma pessoa humilde e com pouca instrução, atendida em serviço público de saúde, segundo o próprio. Ao se colocar no papel de um paciente hipotético, simulando suas possíveis falas e comportamentos, certamente o professor quis teatralizar e tornar mais lúdica a aula, para facilitar o aprendizado.
Naquelas situações, acredita-se que os professores não teriam agido por mal. Foram apenas erros bobos que eles deixaram escapar, expressando indevidamente seus pontos de vista, cabendo apenas uma chamada de atenção, em ambos os casos. Mais do que isso já seria desproporcional. O problema é que, ao longo da vida, sempre há alguém à espreita, esperando que você, depois de fazer tudo certo, cometa algum deslize, por menor que seja, para poder tripudiar de sua queda e lhe chutar ou empurrar até que não tenha mais forças para se levantar do chão e afunde nele cada vez mais. Por isso, devemos ter cada vez mais cuidado com o que falamos ou fazemos, cientes de que podemos ser observados, a qualquer momento. Como dito, se episódios assim dão tanta audiência, a culpa é de quem dá tanta relevância a esses fatos. Se fossem eventos positivos, teriam passado batido.
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NÃO Julgueis para não serdes julgado é a lei do universo
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