Um arcebispo católico espanhol teria causado polêmica, ao declarar, em um livro e em uma entrevista, que a mulher pode fazer sexo oral com o marido, desde que pense em Jesus Cristo, ao fazê-lo. Causa estranheza um discurso aparentemente tão liberal vindo de um religioso.
Em geral, historicamente falando, muitas religiões defendem que o ato sexual deve ser praticado apenas por dois adultos responsáveis, de sexos opostos, que se amem de verdade, que estejam ligados pelos laços sagrados do matrimônio e que busquem, além do prazer, constituir família. Defendem ainda que o ato sexual seja o mais convencional possível e que não seja moralmente degradante para algum dos envolvidos. Em suma, para elas, não vale tudo, entre quatro paredes.
As palavras do sacerdote podem ter sido mal interpretadas ou mal traduzidas. Quando ele disse que as mulheres, "quando o fizerem, devem pensar em Jesus para não se tornarem pervertidas", talvez sua intenção fosse que a lembrança de Jesus Cristo servisse como um alerta para que a mulher desista do felatio, em vez de seguir acreditando que este seja abençoado. Sendo assim, ele deveria ter sido mais direto e mais explícito em suas palavras, para não deixar sombras de dúvidas.
As maneiras como as pessoas costumam conduzir suas vidas sexuais devem ser respeitadas, porque são íntimas e não dizem respeito a quem está do lado de fora, mas ainda existem vantagens na tradicional manobra "papai e mamãe". Quando duas pessoas se amam, se sentem fortemente atraídas e estão conectadas em corpo e alma, elas querem se interpenetrar ao máximo. Elas querem se unir inicialmente pele com pele e poros com poros. O homem que ama quer estar sobre a mulher não para ser superior a ela, mas porque ele quer mergulhar no corpo da mulher amada, como se mergulhasse no mar, e sentir-se coberto, acolhido e abrigado nela por inteiro. A posição "papai e mamãe" é a que permite a mais ampla superfície de contato possível entre os dois corpos, na hora de fazer amor, além de permitir a conexão simultânea entre corpos e almas por meio dos três principais pontos de contato e de interação emocional: os olhos, as bocas e as regiões pélvicas.
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