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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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domingo, 23 de junho de 2013

Retorno 4



                       Para relaxar um pouco, aliviar as tensões do cotidiano e tentar deixar um pouco de lado os protestos que ainda estão tomando conta das ruas, como sugeriu Pelé, em um vídeo recente, divulgado na semana que passou, vamos tornar a revisitar o cotidiano, há quinze anos, comparado com o cotidiano atual.


                       O que ele não sabe é que só há um pequeno problema: não dá para esquecer nem os protestos, nem os motivos que culminam nos protestos, entende? Não dá mais para segurar tanta insatisfação. Se o Brasil está apto a realizar copas ou olimpíadas, a resposta é sim e não, pois o problema não é o que acontece dentro dos estádios, ginásios e outros locais de provas esportivas, mas é o que acontece do lado de fora. Enquanto algumas áreas das cidades que sediam as competições são privilegiadas, outras ficam esquecidas e abandonadas. Surgiram, inclusive, boatos de que a Copa das Confederações seria suspensa, devido aos protestos, que resultaram até mesmo em danos materiais diretos à FIFA, mas esses boatos já foram prontamente desmentidos pela própria FIFA. Depois conversamos mais sobre isto.


                       Já que começamos falando de futebol, continuemos, então, falando de futebol. Assim como há quinze anos, nas vésperas daquela Copa do Mundo que seria realizada na França, hoje, a mídia ainda escolhe algum nome do futebol para entronizar, e a bola da vez é Neymar, como se apenas ele soubesse jogar futebol neste país. Naqueles idos, era Ronaldo "Fenômeno", chamado então de Ronaldinho. Quando se fala em futebol, só se fala em Neymar, que tem sido o único jogador a aparecer em comerciais de TV, ultimamente. O casal de namoradinhos do Brasil na atualidade são Neymar e Bruna Marquezine, alguns dos nomes mais mencionados nos meios de comunicação.


                       Naqueles idos, o casal vinte da vez eram Ronaldo e Suzana Werner, que, por sinal, atualmente, é casada com o goleiro titular da seleção, Júlio César, e, quando esteve na última quarta-feira, em Fortaleza, para presenciar o jogo desta seleção contra a seleção mexicana, teve o dissabor de ser vítima de um assalto, mas não foi na bilheteria do Castelão, na hora de comprar o ingresso, se é que ela precisou comprar ingresso, foi do lado de fora do estádio mesmo, enquanto dirigia por uma das principais avenidas em área nobre desta cidade, de madrugada. Uma vergonha para nós, fortalezenses.


                       Infelizmente, muitas pessoas do eixo Rio-São Paulo vêm para cá acreditando ingenuamente que Fortaleza seja mais tranquila que suas cidades de origem. Foi-se o tempo em que essa ideia correspondia à verdade. Àqueles que tem planos de vir fazer turismo ou até mesmo de morar aqui, meu conselho é que não venham, porque este lugar é uma arapuca. Aqui, teoricamente, existe uma Delegacia de Proteção ao Turista, onde Susana Werner fez o boletim de ocorrência, mas essa delegacia parece que não protege nem os turistas, nem os moradores locais, pois não vejo os resultados de seu trabalho. Seria culpa dela? Não, a culpa é da falta de preparo, de remuneração e de infraestrutura generalizadas para que as polícias estaduais consigam desempenhar adequadamente suas funções, de maneira coordenada e dentro de seus escopos.


                       Por isso, não dou muito crédito, em situação alguma, quando a imprensa diz algo do tipo: "As investigações foram iniciadas para descobrirem os autores do crime". Não creio que consigam pegar os autores desse crime, por conta desse crime, a não ser que pisem na bola e sejam flagrados cometendo outros crimes. Até lá, estarão seguros e comemorando escondidos, em alguma favela dos arredores, se achando os tais e contando com o "salvo conduto" de serem menores de dezoito anos, talvez. Sabemos que o Brasil tem a fama de ser o país do "não vai dar em nada". A própria atriz queixou-se nas redes sociais do descaso das autoridades policiais locais com a ocorrência, quando encontrou uma viatura, instantes após o evento: "Segundo ela, os militares não esboçaram reação diante da situação". As autoridades policiais, quiçá cobertas de vergonha, preferiram colocar a cauda entre as pernas e se calar. Se a referida moça, sendo atriz global e esposa de um dos guerreiros de nossa seleção, foi tratada com certo descaso aqui, imagine nosotros, pobres mortais.

                       Pois bem, pretendia conversar hoje sobre futebol e 1998, mas a minha indignação acabou me levando a me prolongar escrevendo sobre outra coisa indiretamente relacionada. Continuamos em outra oportunidade.                                      


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