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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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sábado, 23 de novembro de 2013

Gangorra 2


                          Alguém já deve ter percebido algumas revelações sobre meus sentimentos no dia a dia, confessados em algumas postagens. Deve ter percebido, por exemplo, a ansiedade que me assalta e que me consome por dentro, esporadicamente, quase todos os dias, quando tenho a sensação de que algo está errado dentro de mim e ao meu redor. Tenho também a sensação de que há uma conspiração silenciosa e invisível aqui dentro e do outro lado das paredes que me cercam. Tenho ainda a sensação de instabilidade do ambiente que me envolve. Tenho me sentido assim, principalmente depois que descobri que já não sou mais tão saudável e invulnerável quanto acreditava ser.


                          Você já deve ter experimentado também a sensação de que tudo está fora do lugar, em sua vida, aquela sensação de inquietação associada com a sensação de estar sujo por dentro, de que nada está bem, dentro de si e ao redor, enfim a sensação da ausência de paz na consciência, não é mesmo? Inquietação que se agrava para aqueles que ainda não encontraram seu verdadeiro lugar no mundo.


                          Sempre fui um ser ansioso. Um certo nível de tensão psíquica quase sempre tem estado presente, em tudo que faço e aonde vou, mas, somente de uns tempos para cá, tenho me dado conta disto e do mal que me faz, pois esta tensão tem sido cada vez mais frequente, mais constante e mais duradoura. Tenho pedido muita paz à Deus, para que Ele me banhe com um bálsamo de bênçãos para aliviar minha alma. Tenho tentado controlar esta ansiedade, controlando meus pensamentos incontroláveis. Não adiantou muito. Tenho sido relutante em tentar tratar esta ansiedade com medicamentos, mas não me restou outra alternativa, antes que chegasse a um nível patológico.


                          Por vezes, para conseguir dormir à noite, preciso tomar um comprimido de um medicamento benzodiazepínico (BDZ), um tipo de remédio conhecido popularmente como "tarja preta". Nunca me imaginei nesse tipo de situação, vivendo como meus pais. Mesmo com meus pacientes sou um tanto conservador e relutante em prescrever este tipo de medicamento, porque ele pode conduzir à dependência química. Só o prescrevo em último caso, quando não há mais o que fazer, ou em caráter temporário, ou quando o quadro já chegou ao nível patológico ou está próximo disto.


                           Como já foi dito, temos a tendência a tentar controlar nossas emoções e sentimentos com medicamentos e outras substâncias psicoativas. Temos a tendência atual de medicalizar tudo, especialmente as mais elementares manifestações vitais, como o luto, por exemplo. Virou lugar comum querer resolver tudo com medicamentos. Não podemos dar mais corda nesse tipo de conduta. Quem milita na área de saúde, especialmente na saúde mental, precisa tentar conscientizar os pacientes e seus familiares de que não adianta tomar medicações, se não houver suportes social e familiar adequados, além de uma contrapartida deles, que seria um esforço em mudar hábitos de vida, principalmente na dieta e na prática de atividades físicas.


                           Lamentavelmente, a psiquiatria ainda é duramente criticada por outras categorias da saúde, inclusive por outras especialidades médicas. Ainda somos vistos como em um passado não muito distante, como carcereiros e aplicadores de descargas elétricas e de injeções do tipo "sossega leão". Em psiquiatria, não se faz mais aquilo. Temos vergonha daquelas condutas, assim como os cidadãos alemães têm vergonha do passado nazista de seu país. Agora, nos acusam também de sermos farmacoterapeutas radicais, supostamente reféns da indústria farmacêutica. Lembro-me de quando participei de um congresso internacional de psiquiatria realizado em Buenos Aires, há dois anos. Familiares de pacientes psiquiátricos fizeram uma manifestação na frente do hotel onde se deu a maioria das palestras. Eles diziam não às drogas psiquiátricas. O que querem que façamos, se os psicofármacos são as nossas principais ferramentas de trabalho e, muitas vezes, eles são indispensáveis???  
                          


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