Diga, com toda a sinceridade, do fundo de sua alma, o que sente seu coração? Não seria melhor você tentar desacelerá-lo e desarmá-lo um pouco, juntamente com sua mente, com seu corpo e com sua alma, e deixar de lado a pressa para que o ano termine logo de vez? Você já se perguntou até onde o ser humano é capaz de chegar, sozinho ou acompanhado, como indivíduo ou como espécie? Já reparou que, às vezes, o sujeito tem a sensação de que a sua existência, tanto individualmente como em termos de coletividade, parece estar ameaçada e entrando numa espécie de beco sem saída? Às vezes, o beco até pode ter uma saída, mas ele é muito apertado, e demora até surgir uma luz na saída.
É bom desacelerar um pouco. Não se sabe o que vem, logo adiante. Pode ser que a realidade mude para melhor, mas pode também mudar para pior, no próximo ano. Veja o caso do Brasil, por exemplo. No final do ano passado, elegeram um novo presidente, esperando que ele fizesse algo diferente e que sua gestão fosse melhor que a de seu antecessor. Esperava-se, consequentemente, que este ano fosse melhor que o ano passado, para os brasileiros, mas as expectativas não se concretizaram. Você concorda que 2023 não foi melhor que 2022, a não ser nas vidas individuais de alguns? Se você, brasileiro, votou nas eleições do ano passado, deve estar se perguntando se suas expectativas foram atendidas, principalmente se votou em candidatos que foram eleitos. Você notou alguma diferença, ao longo dos últimos 12 meses? Notou se o governo fez alguma coisa boa e produtiva, por você, por seus entes queridos e pela coletividade?
Eles querem fazer acreditar que está tudo bem, que o governo é o Papai Noel dos brasileiros e que o Brasil está voltando a ser aquilo que era, antes da gestão anterior, 20 anos atrás, principalmente. Querem ainda que todos acreditem que eles vão reconstruir o Brasil e reunir os brasileiros que estão apartados, "apenas" com amor, sendo que eles são responsáveis pelo ódio e pela divisão. Em parte, eles têm razão, considerando que, de agora em diante, precisamos estar mais juntos do que nunca, se quisermos sobreviver. Já passamos tempo demais separados, justamente quando deveríamos ter permanecido mais próximos uns dos outros, mesmo que espiritual e virtualmente.
Mesmo assim, enquanto os céus não se fecham e não escurecem, no horizonte, você ainda pode fazer alguma diferença para o mundo, com algumas mudanças de atitudes que possam impactar positivamente, pelo menos, em princípio, quem estiver ao seu redor. Quem sabe assim, você não consegue salvar um pedacinho do mundo, pelo menos? Bem ao contrário do que faz aquele que monta e espalha boatos que podem levar, prática e literalmente, alguém à morte. Tragédias como essa vem a ser combustível para quem quer um pretexto para cercear a democracia mais ainda e implantar de vez a censura na internet. Cada vez mais caminhamos para isso.
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