Manter pessoas com transtornos psiquiátricos ligados ao consumo de substâncias psicoativas em vínculos terapêuticos estáveis com os seus CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial) ou com outros serviços médicos de referência não é fácil, principalmente quando a substância em questão é o etanol ou o cigarro, pois, em geral, quem bebe ou fuma não tem vergonha de beber ou fumar e de admitir o que faz. Estamos chamando a atenção para este tema hoje, 31 de maio de 2015, Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, e, nas semanas vindouras, convidaremos nossos leitores a fazer maiores reflexões sobre o consumo, o abuso e a dependência de psicoativos, bem como suas repercussões psicossociais.
Se o cidadão etilista e/ou tabagista está passando da conta no consumo da bebida e é capaz de admitir isso ou não, isso já são outros quinhentos. Como a bebida e o cigarro ainda são cultural e socialmente bem aceitos em nosso meio, apesar das restrições legais impostas ao cigarro, no tocante aos ambientes onde ele pode ser aceso, o sujeito vê outros bebendo ou fumando e sendo aparente e temporariamente felizes e quer fazer o mesmo.
Os usuários de substâncias psicoativas que procuram alguma ajuda médica por causa de problemas ligados ao uso de tais substâncias geralmente só o fazem em momentos extremos e cruciais, porque nem sempre são capazes de reconhecer sozinhos que têm esses problemas. Eles geralmente procuram ajuda quando a saúde do corpo está comprometida e eles sofrem com isso ou quando a saúde da mente está comprometida e eles não sofrem com isso, mas fazem seus parentes e vizinhos sofrerem, e não são capazes de perceberem esses e outros danos às vidas familiar, social e profissional, até não serem mais capazes de responder pelos próprios atos, pensamentos e palavras.
Esperamos que você tenha um bom domingo, com mais ar puro ao seu redor. Pois, com o cigarro, nada temos a ganhar. Só a perder.
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