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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Parem tudo que eu quero descer 6


                       Como foi dito em outra postagem, para resolver os problemas de mobilidade urbana, é preciso atuar em várias frentes. É preciso observar fatores humanos e estruturais, observar como a cidade cresce e como as pessoas crescem com ela, não necessariamente de maneira proporcional, e observar como as pessoas interagem entre elas e com a cidade. Assim, vamos entender as razões que levam cada um dos condutores a optar por colocar seu veículo de duas ou de quatro rodas para fazer mais volume nas ruas. Teoricamente, o espaço deveria ser de todos, mas será que todos temos as mesmas chances de ocuparmos este espaço da mesma forma, de termos os mesmos direitos e de sermos igualmente beneficiados???

                       A cidade já não comporta mais sua própria população, já não se cabe mais nem mesmo dentro de si mesma, ela quer crescer e não sabe mais para onde. A construção daquele viaduto no Cocó, por exemplo, é um sinal disto. Outro sinal são as periferias, não somente na capital, mas também no interior, crescendo indevida e desordenadamente, enquanto suas populações também se multiplicam indevida e desordenadamente. Muitas daquelas pessoas são geradas e trazidas ao mundo de maneira irresponsável, condenadas a viver esquecidas pelo poder público, com pouca ou nenhuma perspectiva de vida honesta e digna. Não quero dizer com isso que todos os moradores das favelas e das periferias sejam criminosos, mas, lamentavelmente, é daqueles lugares que sai a maior parte do flagelo que tira a tranquilidade da população. Assim como os sans cullotes da Revolução Francesa, aqueles seres marginalizados seguem avançando e engolindo a cidade, que está cada vez mais indefesa, usando os meios que consideram justos, para dela extrair o que precisam para sobreviver. Se eles não teriam o direito de nascer e de viver, por terem sido alocados em condições tão desfavoráveis, quem teria direito à vida, então???

                       De qualquer maneira, faz-se necessária a elaboração de um plano diretor que controle e organize o crescimento das cidades e a taxa de natalidade, pois, conforme dito antes, as cidades crescem em tamanho e em população, e os problemas aparecem. As cidades crescem para suas periferias, criam-se novas demandas, aumentando os requerimentos por serviços de infraestruturas públicas e privadas, como saúde, educação, segurança pública, transportes, água, esgoto, energia elétrica, telefonia fixa e móvel, sinais de Internet e de TV por assinatura, enfim, nem os governos nem as empresas estão conseguindo dar conta de tudo isso a contento, para os novos bairros que estão surgindo na Grande Fortaleza e em Sobral, por exemplo. É hora de as prefeituras chamarem essa turma de desbravadores, inclusive as imobiliárias que estão loteando e vendendo terrenos naqueles lugares, para conversar.
                      
                       Em suma, quiçá o problema de cidades grandes, como Fortaleza, Sobral e São Paulo, por exemplo, não esteja necessariamente no tamanho delas, mas no tamanho e no caráter de boa parte de suas populações. Como diria um amigo meu, rodízio de veículos não resolve o problema dos engarrafamentos. O que resolveria mesmo seria rodízio de gente. Conversaremos mais sobre isto. 
           


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