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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fogueira de São João antecipada


                         Por incrível que pareça, o Brasil já está em clima de festas juninas, às vésperas do carnaval. Desperta-nos bastante preocupação a exacerbação da onda de protestos Brasil afora, por conta de um agravante: ônibus e pessoas estão sendo incendiados. Essa moda de atear fogo em ônibus começou no eixo Rio-São Paulo, por vezes com os passageiros, motoristas e cobradores dentro, e se alastrou para outros Estados, como no Maranhão, por exemplo, e, finalmente, chegou ao Ceará.

                          Antes, apenas os bandidos faziam isso, como demonstração de poder ou expressão de algum descontentamento, mas, agora, a população revoltada também está apelando para esta atitude vil. Por qualquer coisa, virou moda queimar ônibus coletivos. Falta de água, de energia elétrica, acidentes de trânsito, mortes na comunidade, enfim, a população encontrou esta válvula de escape, para extravasar sua insatisfação e dar um tiro no próprio pé.

                          Você soube da morte de um cinegrafista de TV, há algumas semanas, quando ele estava cobrindo uma manifestação, no centro do Rio de Janeiro, e foi atingido pelo tiro de um rojão. Assim, repete-se o que aconteceu na boate Kiss, há um ano, quando alguém insensata e imprudentemente acendeu um artefato explosivo em um ambiente público e repleto de pessoas, assumindo o risco de causar danos materiais e pessoais significativos, ainda que não houvesse a intenção de causá-los. No caso do Rio, o objetivo parecia ser bem distinto.                          

                         Como já deve ter sido dito, estuda-se a criação de uma espécie de lei antiterrorismo, para enquadrar casos como o do cinegrafista assassinado na manifestação e coibir excessos cometidos nos protestos. Concordo que excessos que atentem contra a segurança e a vida devem mesmo ser reprimidos, não apenas nos protestos, mas no cotidiano.

                         Não dizemos que os autores daquela explosão que vitimou o cinegrafista não sejam responsabilizados e punidos pelo que aconteceu, mas, que dizer, então, das quadrilhas de assaltantes que explodem caixas eletrônicos ou até mesmo agências bancárias inteiras, principalmente em cidades do interior, onde chegam a agir como cangaceiros, afrontando os poucos, mal preparados, mal armados e mal pagos policiais que tentam proteger as cidades, além de, por vezes, rendê-los, desarmá-los e incluí-los covardemente entre os reféns??? Por que aqueles criminosos não poderiam também ser enquadrados como terroristas???



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