Um dia desses, estava vendo uma notícia sobre o sacrifício de uma girafa saudável e jovem, em um zoológico na Dinamarca. Como se não bastasse, o corpo da girafa teria sido oferecido como alimento aos leões do zoológico, diante dos olhares de famílias que por lá passavam, numa manhã de domingo. A desculpa dada pelo zoológico foi a de melhoramento genético da fauna do lugar, "para evitar consaguinidade". E eles não param por aí. Prometem mais carnificina, em nome da eugenia animal.
Isto me fez pensar a que ponto a humanidade evoluiu. Como a espécie humana dominou a terra, se considerando a espécie eleita e ungida por Deus para crescer, se multiplicar, ocupar e conquistar o mundo, moldando-o à sua imagem e semelhança, se considerando a mais conhecedora do mundo e de todos os seres vivos, chegando ao ponto de se outorgar o direito de decidir sobre a vida e a morte de outras formas de vida. Castramos, lesamos, usamos como cobaias de laboratórios ou sacrificamos outros seres e chegamos até mesmo à dizimar espécies inteiras, conforme nos convém. Não gostaríamos de estar no lugar deles, se fosse conosco, e se outra espécie estivesse por cima da carne seca.
Por vezes, não nos lembramos de que, até agora, o homem tem sido o maior predador do próprio homem, e de que todos os outros seres vivos somados nos superam de longe, pelo menos numericamente, e de que, portanto, embora não os possamos ver, porque muitos deles são muito pequenos, eles têm o poder de nos destruir, se quiserem. Ainda bem que eles não sabem disso. Vide o exemplo do longa metragem clássico Guerra dos Mundos, que foi regravado há quase dez anos, contando com Tom Cruise no papel principal. O filme mostra a Terra sendo invadida e destruída por extraterrestres, até que estes são vencidos quando e por quem menos esperavam.
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