Estava ficando preocupado com os rumos do julgamento do Mensalão. Esperava que fosse realizado um trabalho mais sério, por parte do STF (Supremo Tribunal Federal), mas, pelo que pude ver, por um momento, me pareceu que estava sendo desviado o foco do processo. Em algumas das sessões, dois dos ministros do Supremo perderam tempo, se digladiando verbalmente. Sempre um deles se punha a criticar o voto do outro, bem como a maneira de o outro votar.
Não sei se isso é normal e se faz parte do protocolo, nos julgamentos do STF, mas eu espero que eles não percam a compostura, que esses bate bocas não descabem para a baixaria e que eles não façam o julgamento perder o rumo. Ao que tudo indica, foi apenas um acidente de percurso. A despeito disso, como você já deve saber, já saiu a primeira condenação. Se ela vai servir de exemplo, mostrando que existe justiça no Brasil, ou se, mais uma vez, veremos a maldade acabar em pizza, só o tempo dirá.
Vi uma reportagem no Fantástico, domingo último, sobre uma quadrilha baseada em Natal, que aplicava golpes em vários Estados, utilizando nomes de pessoas falecidas que tinham posses, como o empresário Marcos Matsunaga, assassinado e esquartejado pela esposa, no famoso e chocante caso Yoki, por exemplo. Em nome dos mortos, os golpistas conseguiram adquirir cartões de crédito e financiar veículos.
O mais impressionante é que, você, que é cidadão comum, trabalhador, honrado, cumpre as leis sobre nossas cabeças, se esforça para manter suas contas pagas em dia, no dia em que precisa financiar um imóvel, um veículo ou qualquer outro bem de valor considerável, come o pão que o diabo amassou para provar que está vivo e que tem todas as virtudes citadas acima. Enquanto isso, uns seres de má índole conseguem levantar, com um estalo de dedos e alguns telefonemas, e às custas dos nomes de quem já se eternizou, um patrimônio equivalente ou maior que o seu, que você levou anos para levantar.
À propósito, falando em caso Yoki, esta semana, vazaram na Internet fotos do cadáver esquartejado da vítima. É possível encontrá-las, sem dificuldades, em páginas de busca. E assim, mais uma vez, o nome e a honra de Marcos Matsunaga são violados.
Não entendo o que alguém pode ganhar, divulgando esse tipo de imagens. Não vejo utilidade pública nesse tipo de divulgação. Ninguém gostaria de ser exposto dessa maneira, nem ver seus entes queridos passando por tal situação. Não é a primeira vez que vemos casos assim. Há alguns anos, o médico Farah Jorge Farah matou e esquartejou uma mulher que seria sua suposta amante. As fotos do corpo da vítima também foram divulgadas na Internet.
Ainda sobre o caso Yoki, foram encontrados indícios na cena do crime de que Elize Matsunaga teria contado com a cumplicidade de uma pessoa do sexo masculino para esquartejar o corpo. Pessoalmente, nunca acreditei que ela pudesse ter feito tudo aquilo sozinha.
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De longe, parece uma notícia boa. Quem vai adorar mesmo são os delinquentes, que verão mais aparelhos como esses "disponíveis" nas ruas. Mas o verdadeiro impacto social dessa medida, só o tempo nos mostrará. Só penso que existem coisas mais importantes para se pensar em isentar de impostos e ampliar-lhes o acesso da população, neste momento, como certos medicamentos de alto custo, por exemplo.
Você soube de um incidente recente no Empire State, em Nova Iorque, quando um homem atirou em um ex-colega de trabalho e depois trocou tiros por policiais até ser morto? Pelo exposto, não chegou a ser um atentado, mas, como diz o adágio popular, gato escaldado tem medo de água fria. Os norte-americanos, especialmente os moradores de Nova Iorque, têm motivos de sobra para se assustar com episódios assim, que, infelizmente, já viraram rotina no Brasil, e para temer o pior.
Só citei esse caso acima por duas razões: como ele aconteceu em Nova Iorque, lembrei-me daquela vez que comentei sobre um documentário em que Paul McCartney aparece, em alguns momentos, caminhando pelas ruas da Grande Maçã e cumprimentando os transeuntes, como se fosse um candidato em campanha eleitoral. Além disso, meu amigo Fujita está por lá, esses dias, comemorando seu aniversário, naquele estilo. Desde já, deixo aqui um abração para ele e, ao final desta postagem, um vídeo em homenagem a ele, a quem desejo, como diria o filósofo, muita saúde e alegria de viver.
Agosto se foi e levou consigo alguns heróis, da humanidade para a eternidade, como, por exemplo, Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969, Félix, goleiro da Seleção Brasileira de Futebol, na Copa de 1970, e meu tio Dedé, irmão mais velho do meu pai, que não cheguei a conhecer vivo, e que, segundo papai, foi um dos agricultores mais labutadores que já passaram pelas terras de Canindé. E, há 35 anos, partiu agosto com Elvis Presley, que dispensa apresentações. Vou encerrar esta postagem com um clipe da canção "My Way", cantada por Elvis, porém consagrada na voz de Frank Sinatra. Com isso, homenageio o Elvis e o amigo Fujita, embora eu ache a letra da canção mais parecida com o amigo Cleyton. Tudo bem, como os dois são muito viajados, bem mais viajados que eu, então está valendo para ambos.
Depois de ver o vídeo, espero que você veja minha nova garrafa digital, que foi lançada ao mar, para o mundo ver, em http://sendmessageinabottle.blogspot.com.br/2012/08/message-in-bottle-350-jardim-das.html.
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