Não há necessidade de grelhas, o inferno são os outros.
Jean Paul Sartre
A frase acima é indicativa de que chega um momento em que refletimos e pensamos que os maiores problemas de nossas existências se devem aos outros, que simplesmente as presenças deles no mundo já nos representam fardos que tornam nossas vidas mais difíceis. Deveria ser o contrário. Deveríamos ver os outros como apoio, mas acabamos encarando nossos semelhantes como pedras nos nossos sapatos e nos nossos caminhos. Algumas vezes, trabalhamos para os outros ou pelos outros. Outras vezes, trabalhamos contra os outros. Esse parece ser o sentido de nossas singelas e efêmeras passagens por este mundo. E você deve estar querendo me perguntar o porquê de estar escrevendo aparentemente de maneira tão amarga hoje. Deve ser porque ontem foi segunda-feira. Sobrevivi à mais uma segunda-feira carregada de trabalho.
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Não adianta tentar fugir desse destino inexorável, que é enfrentar a segunda-feira, todas as semanas. Se a segunda-feira for um feriado, então toda a sua carga será transferida para a terça-feira, e, se for carnaval, tudo será transferido para a Quarta-Feira de Cinzas ou para a quinta-feira seguinte. Cedo ou tarde, a semana precisa começar, para poder acabar e, logo depois, começar de novo. E assim por diante.
E, como se falou em peso, note que fiz algumas alterações no leiaute desta página para tentar deixá-la mais leve e, assim, poder acelerar seu carregamento.
Esse tédio e esses desgastes físico e emocional que me levaram a escrever essas reflexões sobre as segundas-feiras, dias em que mais necessário se faz lutar com meus demônios, me inspiraram algumas reflexões sobre a vida urbana, sobre as quais preciso conversar em outra oportunidade, porque me resta pouco tempo agora para escrever. A semana já está acabando, e recomeçando. E o caminho é esse.
Encerro a postagem com as canções "Monday, Monday", por The Mamas and The Papas, e "O inferno são os outros", pelos Detonautas.
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