Você já passou pela situação de se ver obrigado(a) a fingir que está feliz e disposto(a) a continuar fazendo seu trabalho, com o mesmo nível de qualidade ou até mesmo melhor, por mais que se sinta cansado(a) e desmotivado(a), maquiando seu sofrimento verdadeiro e profundo? Naquelas horas, você se sentiu só, sem saber o que dizer, para onde ir e a quem pedir socorro?
Quando percebeu que havia outras pessoas em situação similar por perto, não se sentiu bem acolhido(a) por elas? Não sabia o que e como falar? Ou sentiu que sua presença incomodava e aquele sentimento fez você se sentir mais solitário(a) ainda, como alguém que é abandonado pelos convivas, aos poucos, numa mesa de restaurante, sozinho e com a conta toda para pagar?
Quando percebeu que havia outras pessoas em situação similar por perto, não se sentiu bem acolhido(a) por elas? Não sabia o que e como falar? Ou sentiu que sua presença incomodava e aquele sentimento fez você se sentir mais solitário(a) ainda, como alguém que é abandonado pelos convivas, aos poucos, numa mesa de restaurante, sozinho e com a conta toda para pagar?
Sem poder falar, você se vê obrigado(a) a acumular tudo dentro de si, aguentando engolir tudo calado, até que, num belo dia, começa a inchar, aos poucos, até estourar, como um sapo cururu ou um peixe baiacu. Quem vê não sabe ao certo o que passa ou sente. E dá uma grande falta de gosto e de satisfação com a vida, além de muito arrependimento. Você sente que está incomodando e ocupando espaço, principalmente onde faltam apoio e compreensão. Você não é do tipo de pessoa que gosta de explorar seus semelhantes, por mais que os outros não titubeiem em lhe explorar, quando há oportunidade para tal. Será que você está trabalhando direito, fazendo tudo certo, honrando suas obrigações, observando regras e tal? Ou será que há algo a ser violentamente questionável, em sua prática? Ou seja, estaria cometendo alguma violação ou crime? Talvez você não se sinta realmente feliz e bem, sabendo que, com o azedume que acumula e exala de si, pode contaminar o ambiente e ferir quem estiver ao redor. O que fazer, se você não pode fazer tudo que precisa ou que lhe é requerido, em todos os lugares, ao mesmo tempo, ou quando não se conseguem manter os domínios das rédeas da atenção, da emoção, da razão e da decisão? Como pesquisar melhor as respostas e soluções mais urgentes e mais necessárias?
Há aqueles que, por mais que ascendam socialmente e por mais longe que progridam na vida, nunca se esquecerão de suas origens. Na verdade, lembrar-se-ão delas por demais e sempre conservarão um espírito de classes inferiores. Empresários que, vez por outra, deixarão aflorar os proletários latentes dentro de si. Médicos que, por mais que ascendam ao topo de suas carreiras médicas, ostentando os títulos nobiliárquicos de staffs, por exemplo, sempre se comportarão como meros médicos residentes ou até mesmo como internos (estagiários) de medicina, ou seja, meros tocadores de serviço ou picadores de fumo para alguém. Ou seja, vivem eternamente como se fossem peões, em canteiros de obras ou em chãos de fábricas, por mais que tenham sido promovidos à capitães de indústrias. Quanto mais tem, mais quer ou mais precisa ter e trabalhar para ter e para manter o padrão de vida, num grande círculo vicioso. Entende-se que você precisa trabalhar e muito, até para também poder melhor pagar não apenas suas dívidas, mas também e, sobretudo, seus pecados, mas há que se definir prioridades. Você não pode fazer tudo ao mesmo, tampouco agradar todo mundo ao mesmo tempo. Até porque nem todo mundo está igualmente preocupado em fazer por você o que você se preocupa em fazer, muitas vezes, pelos outros. O importante é que, com ou sem carnaval, alguém tem que continuar comandando esta barca velha e meio combalida da vida, tentando levantar a moral de uma tripulação desmotivada que depende de você, para que a embarcação não afunde de uma vez. De todo modo, lembre-se: sua vida é cara e preciosa, para Ele e, mais ainda, para você, mas talvez você não tenha se dado conta disso o suficiente. Nós nos declaramos fãs dEle e dos bons exemplos que Ele nos deixou, com Suas provas de amor, mas será que estamos mesmo seguindo aqueles bons ensinamentos e os pondo em prática? Será que errar é mesmo tão humano assim? Que Deus nos ajude a cruzar mais uma Quaresma, que é mais um período convidativo e reflexivo, e mais um ano.
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