Como diz a Palavra, orai e vigiai, porque a carne é fraca (Mateus 26: 41). Por falar em carne, mais precisamente a carne bovina, este é um item do qual tradicionalmente o cristão se abstém, ao menos nas sextas-feiras, durante o período da Quaresma, embora se espere de sua parte um sacrifício muito além de uma mera abstinência alimentar.
De qualquer maneira, o cristão conta agora com mais um motivo para ficar receoso de consumir carnes vermelhas, e até mesmo brancas, porque ele já não tem mais a certeza de estar adquirindo carne fresca, devido ao recente escândalo envolvendo grandes empresas produtoras e exportadoras de gêneros alimentícios de origem animal, que são proprietárias de consagradas marcas comerciais do ramo. A carne se mostra fraca, quando estão em jogo a tentação de se superar de maneira inescrupulosa um obstáculo pontual para o crescimento econômico sem levar em conta as possíveis consequências para a saúde pública e a tentação de se obter uma renda extra fazendo vista grossa para a presença de produtos que não estejam em condições adequadas para o consumo humano.
Alguns eventos isolados que teriam ocorrido em alguns dos estabelecimentos das empresas investigadas pela Polícia Federal foram suficientes para macular as reputações daquelas empresas, prejudicando-lhe os acordos comerciais internacionais de exportação vigentes, e já estão sendo devidamente apurados. A Polícia Federal aparentemente está fazendo seu trabalho de maneira parcial, sem interesse em prejudicar a recuperação da combalida economia brasileira, e merece, portanto, o respeito da sociedade, ao invés de ser demonizada.
Agora pode tomar tranquilamente o seu desjejum, de preferência sem a presença de carne, e tenha uma boa semana.
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