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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.
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Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.

Falando em Pandemia, ela se foi, mas o Coronavírus continua entre nós, fazendo vítimas.
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sábado, 28 de dezembro de 2024

Fé e Respeito, por onde andam?

 


            Certamente você ainda não havia nascido em 1925, ou seja, há 100 anos, praticamente, portanto. Entretanto, você já deve ter lido, visto ou ouvido de seus antepassados alguma coisa sobre como era a vida, naquela época. Os costumes da época eram um tanto diferentes dos costumes atuais, dependendo do contexto cultural e da localidade. A TV ainda estava prestes a ser inventada e demoraria um pouco mais até se popularizar. O cinema fazia meio que o papel de suprir a ausência da televisão, pelo menos em parte, principalmente depois que as gravações em rolos de películas passaram a vir com áudios embutidos, em fins da década de 1920. Houve um tempo em que cidadãos iam aos cinemas também para ver noticiários precursores dos telejornais, além de ver filmes, mas nem todas as localidades dispunham de salas de cinema e nem todas as pessoas podiam ter projetores de cinema, dentro de suas salas de estar. O rádio também já existia, em algumas cidades, mas nem todos podiam comprar um aparelho receptor de rádio. Algumas localidades dispunham de alto-falantes nas ruas, para transmissão das ondas sonoras das poucas emissoras de rádio, até então. Os jornais impressos, os correios e os telégrafos ainda se destacavam como principais meios de comunicação, apesar de seus acessos serem ainda limitados, em algumas localidades. Os livros impressos sempre existiram e sempre estiveram presentes, pelo menos desde a invenção da imprensa, em meados do século XV. Obviamente, ninguém havia pensado, até então, na existência de livros eletrônicos (e-books). O telefone fixo já existia, mas era bastante rudimentar, caro e, consequentemente, de acesso muito restrito. Ainda não se falava em telefone celular. O computador, tal como o conhecemos, ainda não havia sido criado. A internet, muito menos.



            O automóvel também já existia e, assim como o telefone, era igualmente rudimentar, caro e, consequentemente, de acesso muito limitado. Em muitas cidades do interior, só se andava a cavalo ou, quando muito, de bicicleta, que era cara e importada. Àqueles rincões, geralmente se chegava de trem, de caminhão ou de jipe. Motocicletas, só nas grandes cidades, e olhe lá. Os meios de transportes mais empregados entre cidades, Estados e países eram o trem e o navio. O avião já existia, mas era também rudimentar, caro, pouco abrangente e pouco acessível. No começo do século passado, ainda existiam os tropeiros, que viajavam entre regiões, geralmente cavalgando em estradas de terra, montados em cavalos ou em jegues, conduzindo outros cavalos e jegues, além de algumas cabeças de gado, e transportando mercadorias e correspóndências. As tropas dos tropeiros eram algo equivalente às caravanas de mercadores nômades que viajavam pelos desertos do Oriente Médio e que foram mencionadas nas Sagradas Escrituras, como em Genesis 37, 25-38, por exemplo. Ou seja, os tropeiros faziam funções similares às dos caminhoneiros, dos entregadores de compras encomendadas pela internet e dos carteiros.


            Sabemos que a maldade sempre existiu, em muitas mentes e corações, assim como a miséria, a fome, os vícios e o crime, pelo mundo afora, mas você já deve fazer uma ideia de que existia uma significativa diferença entre viver no Brasil, no início do século passado, e no mesmo país, neste século. Em muitas cidades brasileiras, o cidadão não tinha medo de ter sua casa invadida e saqueada, com ou sem os moradores dentro, nem medo de sair de sua casa e estar em locais públicos, a qualquer hora do dia ou da noite, para trabalhar ou fazer o que tivesse que ser feito, como tem agora. E você entende o por quê dessa diferença? Acreditamos que, além de a maioria das pessoas conseguir viver com o pouco que tinham (recursos financeiros e tecnológicos), por mais que seja difícil para você imaginar como elas conseguiam viver sem os recursos dos quais você dispõe, havia ainda entre aquelas pessoas, sobretudo um pouco mais de fé e de respeito. Consequentemente, não havia tanta vigilância policial como agora (mesmo havendo menos democracia e mais repressão política), muito menos tanto controle teórico sobre o acesso dos cidadãos às armas de fogo, como vemos agora, mas as pessoas ainda não tinham tanto medo umas das outras. Temos visto, ao longo de décadas, uma gradual inversáo de valores, coincidindo ou não com as buscas por liberdades sexual, de expressão e de pensamento. O que outrora era tomado como errado está cada vez mais virando o certo. Vimos que, gradualmente, cada vez mais pessoas se sentiram cada vez mais encorajadas e se deixaram persuadir pela arte de se apropriar do alheio, mesmo que necessário usar da violência como meio para tal fim, adotando isso como um meio de vida, e persudiaram outras pessoas a seguir pelo mesmo caminho. E assim, a juventude vem sendo gradativamente corrompida, geração após geração. Vimos uma bola de neve descendo as montanhas, cada vez maior, mais rápida e mais fria, e ninguém sendo capaz de detê-la. E o poder público cada vez menos reagente para coibir essa progressão da maldade que deteriora a qualidade de vida do povo brasileiro e nos envergonha, perante o restante da humanidade. Pelo contrário, parece recuar e fazer concessões. Criam-se mecanismos jurídicos para algemar as mãos dos policiais, impedindo-os de bem exercer suas funções, fazendo-os retroceder e dar cada vez mais espaço para a criminalidade avançar.


            Diante de um cenário assim, com os piores prognósticos possíveis, ainda é possível esperar e desejar um feliz e próspero ano novo a alguém, por aqui? Há mesmo o que ser comemorado, por mais que o futuro se mostre cada vez mais sombrio? Durma-se com uma dessas.



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