Se você mora no Brasil, principalmente no Ceará, deve ter notado que esses últimos dias que passaram foram atípicos. Dias que seriam reservados ao feriadão cultural e prático de carnaval, dias que seriam quase que totalmente de folia, de alegria e de descontração, para a maioria dos brasileiros, desta vez, não o foram, mais uma vez. Chamamos a atenção para a situação do Estado do Ceará, porque aqui se criou uma situação mais atípica ainda, ao contrário do que vimos, em 2021. No momento em que o governo estadual estabeleceu que não haveria ponto facultativo, nas instituições públicas estaduais, que deveriam, portanto, funcionar normalmente, em seus horários habituais de expedientes, nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, e a maioria das prefeituras seguiu a mesma tendência, foi como se tivessem criado uma espécie de meio termo, entre o existir um feriado de carnaval e um não-existir. As instituições públicas federais mantiveram seus pontos facultativos e, praticamente, não funcionaram. Para os estabelecimentos privados, ficou ao critério de cada um deles decidir sobre abrir as portas ou não. Escolas e universidades particulares, em sua maioria, entraram em recesso. Estabelecimentos comerciais, incluindo clínicas médicas e odontológicas, uns abriram, outros não. Como os bancos não abriram para atendimento ao público, esses dias, portanto, não poderiam ser considerados dias úteis, pelo menos do ponto de vista bancário.
Em suma, acabou se criando uma nova cisão, no seio desta sociedade, depois do passaporte sanitário, talvez até bem intencionada, mas que acabou se revelando um grande fiasco. Foi um meio feriado para uns, mas, para outros, não. Ou é ou não é feriado. Chega de dúvidas. Chega de divisões. Devemos nos unir, mesmo sem poder aglomerar muito, antes que vejamos a eclosão de uma nova grande guerra.
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