A Prefeitura de Fortaleza anunciou investimentos de 1 bilhão e meio de reais, a serem aplicados ao longo dos próximos dezoito meses, quando, ao final do período, haverá eleições municipais. Podem dizer, de imediato, que essa medida seria puramente eleitoreira. Entretanto, independentemente de postura política, você concorda que o prefeito não está fazendo mais que sua obrigação como gestor público. Seria temerário se ele ficasse parado, sem fazer seu trabalho, pela aproximação das eleições, enquanto a cidade padeceria, à espera de uma atitude sua. Se ele busca votos para seu sucessor ou não, os votos deverão vir como consequências de suas obras, se a população se sentir agradada. Queira Deus que não faltem os recursos. Justiça seja feita.
Encontros como esse, de anúncio do que se vai fazer, também reaproximam quem estava distante, como velhos adversários políticos, que já foram aliados, nos primórdios de suas carreiras, por exemplo, e que desejam eleger qualquer ser vivo para representar interesses comuns, na sucessão municipal. Casamentos e separações fazem parte da política. De que eles não seriam capazes mesmo, para preservar suas imagens e recuperar prestígios e poderes?
Obras são sempre bem vindas e agradam à população, mas veja, no aeroporto Pinto Martins, a situação. Contando com uma área de check-in novinha em folha, para agradar aos olhos de quem passar por lá e inflar o ego dos governantes locais, esse aeroporto cobre de vergonha o cidadão comum e honesto, ao se revelar um centro logístico de distribuição e exportação de entorpecentes, contando com a inconsciente e gratuita colaboração de passageiros comuns, que estão, muitas vezes, apenas de passagem por lá, mas que coincidem de viajar em aeronaves que transportam malas com drogas que podem ser etiquetadas aleatoriamente com os nomes de quaisquer ocupantes, e que podem, consequentemente, desembarcar em seus destinos com bagagens extras.
Enfim, injustiça é algo irritante, intolerável e imperdoável. Roguemos à Deus por todos aqueles que estão presos injustamente, por crimes que nunca cometeram, e também por aqueles que se prestam, consciente ou inconscientemente, ao papel de mulas para os traficantes.
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