Divulgaram-se mensagens supostamente trocadas, via aplicativo de texto, há alguns anos, entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores da operação Lava Jato. Os celulares dos envolvidos teriam sido invadidos por hackers. A página responsável pela divulgação não informou a fonte.
É inegável a inestimável utilidade pública da operação Lava Jato. É também culturalmente inevitável alguma proximidade entre membros dos ministérios públicos e do Poder Judiciário. Afinal, eles têm mais em comum do que se imagina: são servidores públicos, por exemplo. É impossível o juiz ser plenamente imparcial e objetivo, em qualquer causa, principalmente quando o advogado de uma das partes tem mais intimidade com ele do que o defensor da outra parte. Assim, o juiz tem maior tendência a atender solicitações de quem estiver mais próximo. Pelo menos, esta é a impressão que eles passam a quem enxerga de fora os trabalhos deles.
A revelação escancarada desses fatos, conversas de conteúdos um tanto tendenciosos, levanta certa desconfiança e temeridade, quanto à credibilidade e lisura dos processos judiciais, dos operadores do direito envolvidos e do contexto governamental em que estão inseridos. É um fato polêmico, que ainda deve dar muito que falar, mas espera-se que seja devidamente apurado.
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