Recentemente, uma ministra de Estado e desembargadora aposentada requereu o recebimento dos vencimentos acumulados e referentes aos dois cargos, o que lhe renderia algo em torno de R$ 60.000,00, pelo menos, alegando que manter uma aparência e um padrão de vida condizentes com o de uma ministra requer uma renda elevada e que trabalhar para receber menos do que ela considera justo e condizente com seu trabalho seria um trabalho escravo. Quiçá movida pelo bom senso, vendo a polêmica armada, a referida ministra logo desistiu de sua solicitação.
Quem você acredita que tenha potencial para viver com um padrão de vida melhor: um homem solteiro que recebe um salário qualquer e que não tem grandes despesas ou um homem casado que recebe um salário três vezes maior e que tem três filhos??? Se o salário é suficiente para que o trabalhador viva decentemente, isso também depende do estilo de vida de cada um, mas a presença de um pouco de bom senso é requerida, tanto de quem paga como de quem recebe.
Entende-se que, por um lado e teoricamente, a pessoa tem o direito de receber seus salários conforme estabelecido de acordo com cada função que ela exerce ou exerceu. Por outro lado e na prática, acontece que a legislação também estipula tetos para os rendimentos de servidores públicos em cargos mais elevados. A ministra pode até reclamar algo que ela considere um direito seu, mas seria moral e ético alguém receber um salário faraônico, principalmente das mãos do Estado, enquanto a grande maioria dos brasileiros, inclusive aqueles que realmente carregam a sociedade nas costas, principalmente, não recebe um salário digno, compatível com sua mão-de-obra e suficiente para satisfazer suas necessidades básicas e viver com um mínimo de conforto e bem estar???
Tenha uma boa semana, pensando nisso. Aos que vão encarar a segunda fase do ENEM, logo mais, muito sucesso.
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Excelente comentário
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