Mais um ano não começou muito bem, para os cearenses e para os brasileiros. Em Fortaleza, por exemplo, um jovem funcionário público do município foi assassinado por assaltantes, menores de dezoito anos, quando saía de casa para trabalhar, na manhã da primeira segunda-feira do ano, dia 04. Chega a ser revoltante tanto descaso e desrespeito com a dignidade e com a vida, acompanhado por tanta hiper-proteção e cumplicidade por parte do poder público com a criminalidade.
Ainda em Fortaleza, no mesmo dia, começaram a vigorar e ser fiscalizadas as modificações na legislação de trânsito que aumentam os níveis de gravidade de algumas infrações, como, por exemplo, trafegar por faixas exclusivas de ônibus e estacionar em vagas reservadas para idosos ou deficientes físicos, bem como os respectivos valores das multas. Certamente, tais medidas estão longe das melhores intenções em fazer o bem à coletividade. Como dito, desde 2015, vale tudo, para aumentar a arrecadação dos cofres públicos.
De São Paulo, chegaram notícias de arrastões perpetrados contra veículos que trafegavam por um ponto da rodovia federal Regis Bittencourt (nome do trecho da BR 116 entre São Paulo e Santa Catarina), no último feriadão. Se esses crimes acontecem com frequência naquela área, é porque, certamente, as autoridades não estão se fazendo presentes por lá, como deveriam, a não ser de maneira camuflada, à espreita e similar à de quem deveria ser combatido.
Com essas informações, você pode deduzir em que prioridades o governo está focando. Pode ser em qualquer uma, desde que não seja segurança, saúde e bem estar da população. O Estado brasileiro é, umas vezes, indolente demais, outras vezes, draconiano demais, com uso desproporcional da força. Por tudo isso, ele só tem merecido uma grande vaia.
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