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A Pandemia pode ter passado, mas, onde você estiver, não se esqueça de mim.

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Os dias AINDA são assim



                       Faz algumas semanas, o procurador geral da República no Ceará, o sr. Oscar Costa Filho, ingressou com ação judicial pedindo a suspensão da fiscalização de trânsito por meio de videomonitoramento com câmeras distribuídas pela cidade de Fortaleza, sob os argumentos de que as tais câmeras não estariam devidamente regulamentadas para essa finalidade e de que elas, ao captarem imagens internas de veículos, podendo até mesmo tomar com facilidade imagens dos rostos de seus ocupantes e até mesmo identificá-los, estariam, portanto, violando um direito constitucional do cidadão à privacidade, em ambientes privados.



                        O órgão responsável pelas câmeras alega que o objetivo seria monitorar vias publicas, mas alguém já não teria questionado se elas, por acaso, não estariam também captando imagens de imóveis residenciais, comerciais ou industriais nas adjacências??? Se sim, as reclamações deveriam partir inicialmente de quem mora ou trabalha nesses locais, que supostamente devem se incomodar com isso, principalmente por parte do Exército Brasileiro, até por uma questão de segurança nacional, haja vista que algumas dessas câmeras estão instaladas perto de instalações militares e, por suas localizações, supostamente devem dispor de alguma visão privilegiada de suas dependências internas. 


                        Essa tendência do poder público em investir cada vez mais na fiscalização de trânsito, que está virando moda em todo o Brasil, é plenamente questionável, se não do ponto de vista jurídico, mas, pelo menos, dos pontos de vista moral e ético. Investe-se muito em fiscalização de trânsito, área onde os trabalhadores em geral são relativamente bem remunerados com salários em dia e bem aparelhados, sendo, portanto, uma área que não conhece crises, em detrimento de áreas prioritárias, porém cada vez mais defasadas, como, por exemplo, saúde, educação e segurança pública. Quem segue esta tendência não deve estar pensando no bem público, mas no seu próprio bem e depois no bem da máquina pública. E incorre na mesma situação do gestor público que investe recursos no carnaval, quando seu município está sem água e com os funcionários com salários atrasados, por exemplo.


                  Entende-se que gerir trânsito também é função dos municípios, mas o gestor precisa de bom senso para administrar um município, em todas as suas searas, com os devidos equilíbrio e ponderação, em vez de tomar medidas sensacionalistas e pirotécnicas só para chamar a atenção e dizer a todo mundo que está cumprindo seu dever. Encher as ruas com câmeras e guardas de trânsito numa cidade onde, por exemplo,  faltam policiais nas ruas, além de mão de obra, infraestrutura e material de trabalho para que escolas, postos de saúde e hospitais possam servir a população a contento, é só mais uma maneira alienada da realidade, hipócrita e medíocre de governar e de tentar desviar o foco dos problemas sociais mais graves.


                        Enquanto isso, nas últimas duas décadas, governantes entraram e saíram, parlamentares têm trabalhado com muito esmero para tornar a legislação de trânsito cada vez mais draconiana, alegando atender aos apelos populares, mas não se vê o mesmo empenho por parte deles em tentar prover saúde, educação e segurança pública à contento para a população. Temos avançado nestas áreas??? Não seria o caso de se instaurar uma CPI no Congresso Nacional, para investigar as presenças de possíveis lobbies por trás das ações que tem sido implementadas para incrementar a legislação de trânsito e para intensificar sua fiscalização??? Talvez não seja interessante para deputados e senadores considerar uma ideia como essa, num momento tão delicado para a política, quando qualquer um deles pode estar potencialmente comprometido. Por ora, melhor para eles continuar numa zona de conforto, com cinismo e fazendo vista grossa para as reais demandas da sociedade, que só recebe cada vez mais perseguição, mais cobrança e mais retaliação, em troca dos tributos pagos.


                        O cidadão de visão e de mente privilegiadas e que costuma agir com bom senso há de ficar com uma pulga atrás da orelha e muito revoltado diante de shows pirotécnicos do poder público acompanhados de tanta prepotência, tanta arrogância, tanto abuso de autoridade e tanto uso desproporcional e irracional da força reunidos e sem precedentes na história, enquanto a maioria dos brasileiros continua entregue ao abandono e ao descaso, sem receber assistência alguma do poder público.


                        Ainda bem que ainda podemos contar com homens de coragem, como o procurador geral da República no Estado do Ceará, o sr. Oscar Costa Filho, por exemplo, que enfrenta os desmandos do poder público e sai verdadeira e corajosamente em defesa dos interesses dos cidadãos, algo que deveria ser feito pelos parlamentares eleitos com nossos votos, nas três esferas administrativas, mas que, salvo exceções, eles não cumprem as suas obrigações e se mostram uns hipócritas, indolentes, egoístas, pretensiosos e extremamente subservientes aos chefes dos seus poderes executivos correspondentes. O procurador Costa Filho, ao contrário do que muitos dizem, não é um barraqueiro desatinado em busca de holofotes. Ele vai de encontro aos interesses do governo, onde ele sente o cheiro da injustiça em potencial, como no caso das provas do ENEM do ano passado, aplicadas em datas e horários distintos para candidatos distintos, por exemplo. Por essas e outras, ele merece nossos cumprimentos.

                        Tenha uma boa semana.



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