Falando em festas, saiba que já chegou ao Congresso Nacional um projeto de lei que pretende criminalizar o funk, sob o argumento de que esse estilo musical seria voltado exclusivamente para fazer apologia ao crime e à outras formas de deturpação de valores éticos e morais. Você pode não gostar de funk, é um direito que lhe cabe, mas você há de convir que há uma certa visão estereotipada desse estilo e um certo exagero nessa medida, porque nem todas as letras de músicas de funk seguem essa tendência.
Uma coisa é generalizar e criminalizar o funk por completo. Outra coisa é proibir aqueles bailes funk realizados fora das normas que regem a realização de eventos públicos e que sejam patrocinados por traficantes, onde menores podem ter acesso à bebidas alcoólicas e outras drogas, além de se prostituírem, e onde muitas músicas enaltecem os traficantes, tal como naquelas paradas militares de alguns países socialistas onde os líderes são amplamente endeusados e ovacionados. Foi o que as autoridades policiais fizeram em Fortaleza, há alguns anos, na esperança de se reduzir a criminalidade, mas não surtiu o efeito esperado.
Já no Rio de Janeiro, deve ser mais difícil proibir, porque esses bailes irregulares geralmente acontecem em áreas dominadas pelo tráfico, onde o poder público não consegue se fazer presente a contento. Na verdade, bailes funk sempre foram oficialmente proibidos por lá, mas a polícia nunca teve moral para fazer valer essa proibição, conforme demonstrado no filme Tropa de Elite, de 2007, sobre o qual conversaremos em breve.
De qualquer maneira, não seria justo fazer com que todos os artistas e apreciadores do funk pagassem pelos erros de alguns que fizeram uso deturpado do ritmo, por vezes em benefício próprio. Ainda é possível pensar na convivência harmônica do funk com outras formas de expressão musical. Tudo é uma questão de respeito.
Já no Rio de Janeiro, deve ser mais difícil proibir, porque esses bailes irregulares geralmente acontecem em áreas dominadas pelo tráfico, onde o poder público não consegue se fazer presente a contento. Na verdade, bailes funk sempre foram oficialmente proibidos por lá, mas a polícia nunca teve moral para fazer valer essa proibição, conforme demonstrado no filme Tropa de Elite, de 2007, sobre o qual conversaremos em breve.
De qualquer maneira, não seria justo fazer com que todos os artistas e apreciadores do funk pagassem pelos erros de alguns que fizeram uso deturpado do ritmo, por vezes em benefício próprio. Ainda é possível pensar na convivência harmônica do funk com outras formas de expressão musical. Tudo é uma questão de respeito.
Tenha uma boa semana e, para você que mora em Fortaleza, tenha também um bom feriado.
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