Nas últimas semanas, Fortaleza tem sofrido uma onda de crimes comparável àquela situação apocalíptica vivida nos primeiros dias de 2012, devido à greve dos policiais estaduais. Foram reportados diversos assaltos do tipo "arrastão" em vias congestionadas e até um posto de saúde e seus ocupantes foram atacados. Ainda não se sabe se esse surto terrorista teria sido um reflexo do medíocre desempenho dos times cearenses de futebol ou se já era algo programado para acontecer. As autoridades preferem dizer que se tratam apenas de "casos isolados". A população diz que não são.
Tudo que vemos é causado pela falta de atitude do poder público, porque as autoridades sabem quem são os responsáveis pela violência e de onde eles vêm. Não tomam providências porque não querem. Preferem ver a cidade virar um novo Rio de Janeiro. Muitas pessoas estão vindo do Sudeste para morar em Fortaleza em busca de paz. Os criminosos de lá parecem estar se mudando para cá também e ensinando suas "artes" aos parceiros locais. Não tem mais essa de "casos isolados".
Quando acontecem eventos dessa natureza, quase que simultaneamente, em vários pontos da mesma cidade, no eixo Rio-São Paulo, as autoridades têm serviços de inteligência que investigam e descobrem que ondas de ataques terroristas perpetrados aparentemente por indivíduos revoltados com a vida na verdade são atos ordenados e orquestrados por presidiários, especialmente pelos que são líderes do CV (Comando Vermelho), do Rio de Janeiro, e do PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo. Eles continuam mantendo contatos regulares com o mundo externo, por meio de celulares, às vezes com acesso à Internet, comandando suas quadrilhas de dentro das cadeias, de onde continuam representando ameaças à sociedade. Por sinal, há indícios de que membros do PCC estariam atuando no Ceará também.
Bloquear sinal de telefone celular dentro de um presídio não é caro e difícil como parece. O que falta é atitude, interesse e vontade de fazer algo para resolver esse problema. Recursos não faltam. Que construam presídios em áreas rurais que, além de desprovidas de sinais de celular e de Internet, são também lugares de difícil acesso, então. Conheço algumas áreas muito boas.
Não adianta mais as autoridades tentarem tapar o sol com a peneira. Alguma atitude tem que ser tomada, para restaurar a ordem social e a paz, se é que algum dia tivemos essas coisas. Ou tomam uma atitude para controlar os revoltosos e recoloca-los em seus devidos lugares ou os cidadãos ver-se-ão forçados a se armarem, para proteger suas famílias, seus lares e seus patrimônios, contra aqueles que querem trucida-los, por achar que têm o direito de parasita-los, e para caçarem os autores das agressões perpetradas contínua e sistematicamente contra a sociedade e fazerem justiça com as próprias mãos.
Não sou nazi-fascista, nem reacionário. Sou cristão e minha visão política é mais compatível com a esquerda liberal, mas, lamentavelmente, a esquerda liberal falhou em trazer ordem social e paz, embora tenha aparentemente tentado fazer justiça social com inclusão social, nos últimos dez anos. Deus me perdoe por este pensamento aparentemente burguês, mas, se a extrema direita quisesse tomar o poder outra vez, aqui está um daqueles que a receberia de braços abertos, mesmo que ela viesse restaurar a ordem social e a paz, com atitudes voltadas para seus interesses particulares. Na verdade, não precisamos de uma nova ditadura para nos trazer segurança. O governo atual poderia nos trazer segurança, se quisesse tomar uma atitude mais incisiva contra a criminalidade.
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