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domingo, 18 de março de 2012

Flagrante do cotidiano 9


                      Um dia desses, detive-me a olhar para esta árvore da foto, ou pelo menos o que sobrou dela, numa esquina próxima ao Hospital das Clínicas da UFC. A pobre árvore teve de ser depenada, há cerca de um ano, para ver se parava de crescer, de quebrar a calçada com suas raízes, de sujar a rua com suas folhas e com seus frutos, de começar a se quebrar com seu peso e de ameaçar cair a qualquer momento sobre os carros estacionados na esquina.

                      Senti pena daquela pobre árvore. Teve de pagar com sua vida pelo pecado de ter crescido num lugar inconveniente, no meio de uma grande cidade. Teve de ser sacrificada em nome da segurança coletiva. Teria sido ela que cresceu remando contra a maré ou teria sido a cidade que cresceu sobre ela??? Se você já veio à Fortaleza, ou mora aqui, e já teve a oportunidade de andar pela avenida Treze de Maio, nas proximidades do 23º BC, e já percebeu que há umas árvores no canteiro central avançando para a pista de rolamento, proponho-lhe que faça essa mesma reflexão.

                      Árvores, quem se importa com elas? São tantas que ninguém dá muita atenção à elas. Só são notadas quando caem ou são derrubadas. O fato é que elas estão sumindo, não apenas na Amazônia, mas aqui perto de nós também. E isto está nos escandalizando. Não era prá menos. Nós sabemos as consequências de uma cidade sem árvores. Aqui em nosso meio, o escândalo maior e que chamou a atenção de toda a cidade surgiu depois do carnaval de 2011, quando um quarteirão inteiro de árvores foi desmatado, na Aldeota

                      Para encerrar a postagem, deixo uma dica para descontrair: já que falei tanto em árvores, lembra-se de que eu contei neste espaço um pouco da história da árvore de Natal???






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