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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O despertar de uma nação



                      Na última quarta-feira, 25, o Brasil acordou com a notícia da prisão de um senador da República, que foi acusado de usar sua influência para tentar relaxar as prisões de outros acusados de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras. É com essa notícia atravessada nos ouvidos que o brasileiro tem passado os últimos sete dias.


                      Notícias como a da prisão do senador têm um lado bom. Não é todo dia que se vê um figurão como ele sendo conduzido pela Polícia Federal, embora esteja se tornando mais comum, ultimamente. Notícias como essa servem de exemplo para mostrar que o crime não compensa e que ninguém está acima das leis, porque, teoricamente, elas são iguais para todos. Lembrando que, a despeito disso, cada vez mais jovens insistem em se encorajar e optar pelo crime como meio de vida, quiçá por conta dos maus exemplos deixados pelos mais velhos.


                       Essas prisões de políticos, de banqueiros e de empresários são amostras expostas da podridão moral que afeta o governo e a sociedade, já de longa data, independente de questões político-partidárias. A autonomia entre os três poderes tem sido cada vez mais violada, com intervenções do Judiciário sobre o Legislativo, e vice-versa. Não deixa de ser lamentável o fato de um senador, por exemplo, se prestar a um papel desses, se sujar moralmente e acabar exposto. Esta é a primeira vez que um senador é preso, no exercício do mandato, mas, há alguns anos, outro senador foi preso, mas logo após ter o mandato cassado. Esses eventos deixam cada vez mais evidente a fragilidade de nossas instituições.










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