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quarta-feira, 25 de março de 2015

É proibido fumar



                  Há alguns meses, o SIMEC (Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará) engajou-se em uma campanha nacional contra a legalização da maconha, haja vista a legalização e a liberação do uso da substância sob determinadas condições não ser tão inofensiva quanto pareça, por predispor o usuário a apresentar doenças, especialmente psiquiátricas, por mais que lhe defendam o uso medicinal.


                  Como se pode ver pelo cartaz acima, a campanha do sindicato não apresentou uma abordagem adequada. As bebidas alcoólicas e os medicamentos benzodiazepinicos são legalizados em nosso meio, mas, nem por isso, vemos com frequência médicos, por exemplo, trabalhando sob os efeitos dessas substâncias. E, se víssemos, não acharíamos normais suas atitudes. Eles, no mínimo, seriam chamados à atenção.




                  No entanto, não cremos que a descriminalização da maconha vingue, enquanto as medidas tomadas pelo poder público, em contrapartida, apontam para uma possível criminalização do cigarro, num futuro não muito distante, pois foram impingidas severas e drásticas restrições à propaganda e à comercialização de cigarro e de outros produtos que contêm tabaco, além de crescentes restrições aos locais e situações onde eles podem ser consumidos. Ou seja, está se fechando o cerco contra o tabaco e, de certa forma, contra os tabagistas também.



                  Os tabagistas não devem ser perseguidos e excluídos da sociedade, mas essas medidas de restrição ao tabaco vêm em boa hora, devido à falta de bom senso da parte de muitos fumantes, principalmente daqueles que, por exemplo, caminham tranquilamente pelas dependências de um posto de combustíveis com um cigarro aceso na mão e, quando terminam de fumá-lo, simples e despreocupadamente deixam o toco cair no chão, ainda aceso, em qualquer lugar.




                  Essas medidas contra o tabaco também são bem vindas, considerando que já está provado que, além de o consumo de cigarros e afins não ter utilidade social significativa, mesmo que ele, grosso modo, movimente a economia, os prejuízos do tabagismo à saúde coletiva superam de longe os possíveis benefícios. Benefícios estes que seriam apenas individuais e transitórios, mas que não mudariam o fato de o tabagismo ser fator de risco ou causador direto de incontáveis doenças.

                  Tenha um bom feriado, você que mora no Ceará.
                  




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