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sábado, 10 de março de 2012

Atitude


Em todos os serviços médicos onde trabalhei ou trabalho, há casos de pacientes que vêm sendo mal manejados há anos, e não compreendo porque, depois de tanto tempo, algumas bombas sempre explodem justamente nas minhas mãos. Muitos casos vinham sendo conduzidos por anos a fio sem histórias clínicas devidamente documentadas por escrito e quem pagou o pato fui eu. Seria por causa da minha eterna e antiga vocação para saco de pancadas, marcada por uma estrela na minha testa, que eu trago desde os tempos da faculdade???

Nesta semana, passou por minhas mãos um caso assim, com evolução insatisfatória e envolvendo uso de medicações pouco eficazes e em doses pouco eficazes. Os outros profissionais que viram o caso antes de mim dispensaram pouca importância a ele, se limitando apenas a renovar as receitas dos remédios e agendar os retornos. Podia muito bem ter repetido a conduta dos meus antecessores e passado aquele problema adiante, mas, naquele dia, resolvi fazer a diferença. Procurei um de meus preceptores para que pudéssemos tomar providências em relação àquele caso. E assim se fez.
Procedi assim porque me considero um homem de atitude. Quando vejo uma situação pendente, como algo faltando em minha casa ou em meus trabalhos, por exemplo, e tenho recursos para conseguir, eu vou lá e providencio. Não digo isso com o intuito de me gabar, pois, como já disse antes, “a mão direita não devesaber o que a esquerda anda fazendo”, mas, nos lugares por onde passei, por vezes tirei dinheiro do meu bolso para comprar coisas que andavam faltando, até mesmo assentos sanitários, por exemplo. Além disso, eu vou lá e resolvo coisas pendentes que outros podiam ter resolvido. Geralmente sempre fecho o que outros deixam em aberto, modéstia à parte.



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