Lucas 14: 8-11
Sou também favorável às políticas de acessibilidade e de inclusão social, em todos os campos, mas acho que, às vezes, são cometidos excessos, com o intuito de melhorar o acesso daqueles que tem alguma forma de impedimento à algum serviço, que acabam prejudicando a coletividade.
Acho louvável a atitude de um supermercado recém-inaugurado, assim de outros pré-existentes em nossa cidade, de reservar vagas para portadores de necessidades especiais e idosos, por exemplo. Mas, será que seriam realmente necessárias tantas vagas assim para os grupos de pessoas que mencionei???
Ao meu ver, há um certo exagero. Pessoas acima de 60 anos que conduzem veículos deve haver bastantes, mas deficientes físicos motoristas, acredito que não existam tantos assim. Deve ser possível contar nos dedos o número de veículos adaptados aos deficientes físicos circulando em nossa cidade. Raramente os vejo nas ruas. O que vejo com frequência são táxis adaptados a esse tipo de passageiros.
Se, em alguns lugares, a gente se respeitando, cada um tem seu espaço garantido, noutros lugares, ninguém respeita ninguém, cada um só pensa no seu e azar de quem chegar depois. Na manhã do último sábado, quando cheguei para trabalhar, quase não consegui estacionar, porque esses carros e as motos não me deixaram espaço.
Olha, entendo que, às vezes, o tráfego se torna uma pedra no nosso sapato, nos impedindo de viver, e dá uma certa vontade de passar por cima de tudo, com aquelas picapes de rodas gigantes que volta e meia aparecem nas telas de cinema, mas não é por aí. Esta não seria a melhor saída, companheiro.
Eu simpatizo com a causa defendida pelo Massa Crítica. Por mim, se eu pudesse, eu daria preferência a sair de casa, em meu cotidiano, de bicicleta. Tenho até cogitado ultimamente esta possibilidade, haja vista que recentemente passei a morar mais perto de meu principal local de trabalho, meu hospital de residência médica, e porque o preço da gasolina está ficando proibitivo. Entretanto, além do fato de eu não parar em um só lugar, pois eu preciso de vez em quando me movimentar em distâncias maiores pela cidade, outros obstáculos que tenho de enfrentar são a falta de infraestrutura e de segurança em Fortaleza. Se fosse em Sobral, que é uma cidade menor e aconchegante, além de possuir proporcionalmente mais ciclovias e mais segurança que Fortaleza, eu voltaria a pedalar, assim como eu fazia, quando eu morava lá, nos meus primeiros anos de faculdade.
Há um grupo em Fortaleza que se reúne para pedalar, nas noites de segunda-feira. Eles geralmente se concentram nas proximidades do Shopping Benfica e, partindo dali, acho que eles chegam a pedalar até o Parque do Cocó, pois, quando eu morava para aqueles lados da cidade, eu os via indo no rumo de lá, sempre às segundas.
"Quem me dera agora eu tivesse uma viola prá cantar". Quem me dera agora eu tivesse uma bicicleta prá pedalar.
Havia uma companheira da faculdade que gostava muito de andar de bicicleta, tanto aqui como em Sobral, e acho que ainda gosta, apesar de ter sofrido um acidente em sua bicicleta, há alguns anos. Trata-se de uma pessoa adorável, bem light e bem "prá cima". Em homenagem a ela e a todos os demais ciclistas de carteirinha que conheci, nos dois mundos em que transitei, deixo aqui um vídeo da canção "Ciclovia", nas vozes de Leila Pinheiro, Marcos Vale e Jorge Vecilo.
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