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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Quer conversar???



                         Mais uma vez, estamos aqui para relembrar você o Setembro Amarelo, tema principal deste mês que abre a primavera no hemisfério sul, mês de florada do ipê. Falar sobre não necessariamente estimula ou ensina a fazer o que não se deve. Falar sobre pode não necessariamente resolver seus problemas, mas já ajuda bastante. É para isso que estamos aqui. Por isso, tomamos a liberdade de perguntar o que está incomodando e levando você a ter a impressão de que a sua presença neste mundo seria insuportável para si e terceiros.


                         Se você guarda uma profunda mágoa de algo ou alguém, você precisa entender que as pessoas não são perfeitas. Elas podem magoar você, de uma forma ou de outra, a qualquer momento, como dizia um texto de Shakespeare. Por outro lado, tanto você como elas precisam aprender que palavras e atitudes espontâneas demais podem ter repercussões mais danosas que o imaginável, especialmente nas vidas daqueles que têm por hábito acumular coisas demais, como rancores por coisas mesquinhas, por exemplo. Mesmo assim, está coberto de razão quem disse que o tempo cura tudo, ou quase tudo. Certas coisas se esvaziam com o tempo, ao ponto de perder todo o brilho, todo o sabor e todo o sentido, ao ponto de não fazer mais sentido discuti-las.


                         Enfim, precisamos conversar sobre suicídio, quando o risco de acontecer pairar no ambiente e quando mais for pertinente. Precisamos conversar para barrar a difusão de jogos diabólicos como, por exemplo, Boneca Momo e Baleia Azul, que tentam induzir crianças e adolescentes a se lesionarem até se ferirem mortalmente. O que ganham os autores dessas ideias??? Precisamos conversar sobre uma epidemia de automutilação que tem se manifestado em portadores de transtornos mentais de distintas idades, principalmente ansiedades, e que pode levá-los a se lesionar fatalmente. Porque, infelizmente, nem sempre será possível contar com anjos da guarda em todos os lugares, como os gate keepers, por exemplo, que são aqueles indivíduos que, num determinado meio, se relacionam de alguma forma com todos, observam tudo ao redor e notam quando há algo estranho no meio. Toda sinalização de desmotivação para a vida com risco de morte precisa ser levada à sério, por mais banal que pareça e por mais dramática que habitualmente a pessoa seja. Porque, neste contexto, ao contrário do que reza o ditado popular, cão que ladra morde sim. 



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