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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O Expresso da Morte




Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. Jesus lhes respondeu: "Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo". 
Lucas 13, 1-5


                    Você já percebeu que 2018 não começou bem. Nós bem que já avisamos. Assim como o ano passado, este ano também começou com rebeliões e mortes em presídios, evidenciando as faltas de autoridade e de controle estatais sobre a população carcerária. Completam-se cinco anos daquela tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), e a data de 27 de janeiro também fica marcada na história pela ocorrência de uma chacina que toma lugar numa casa noturna no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, que deixou, pelo menos, 18 pessoas mortas, as quais, em sua maioria, não possuíam antecedentes criminais. 


                    As autoridades locais se limitaram a declarar que “não há motivo para pânico”, porque foi um ataque planejado e um “caso isolado”, ao contrário de atentados terroristas ocorridos no exterior, e que “não há falta de controle”. Dizem que o que aconteceu era imprevisível. Se houvesse um trabalho sério de inteligência por parte de nossas forças de segurança, seria perfeitamente previsível, ainda mais se levando em conta que há facções criminosas disputando espaço entre elas e com o Estado. Na verdade, a situação de insegurança no Ceará e no Brasil nunca esteve tão fora de controle das mãos do Estado como agora.


                    A notícia repercutiu também na imprensa internacional. Com mais esta, talvez os turistas desapareçam de vez daqui, mesmo com as promessas de instalação de HUBs de grandes companhias aéreas em nosso medíocre aeroporto, que só devem beneficiar efetivamente a aristocracia local, que viaja periodicamente à Europa. Só assim o Estado brasileiro talvez se sinta pressionado a tomar providências. 


                    A música que abre esta postagem é um dos sinais mais evidentes da banalização da violência no Brasil. Por essas e outras, só nos resta pedir a Deus para que cesse esta cultura da morte em nosso meio. Tenha uma boa semana, se puder.



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Um comentário:

  1. A única solução é crermos em Jesus Cristo como único salvador. Estamos apenas de passagem nesse mundo. Precisamos fazer bem sem olhar a quem para que possamos receber nosso galardão no céu.

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