Páginas

quinta-feira, 6 de julho de 2017

A verdadeira fome



                   Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) estão estudando a possibilidade de uma introdução gradual de uma dieta à base de insetos em nosso meio, inicialmente com a inserção de insetos criados e processados em laboratório em pratos típicos da culinária local, como tapiocas, por exemplo. O emprego de insetos na culinária, bastante comum em países como a China, por exemplo, já não é novidade no Brasil, embora ainda seja incomum e pouco difundido por aqui, onde os pesquisadores estão motivados, principalmente, por um estudo das Nações Unidas que indica possível escassez de alimentos, quando a Terra atingir a marca de 9 bilhões de habitantes, o que está previsto para acontecer em 2050, se o atual ritmo de crescimento da população mundial se mantiver.


                   São compreensíveis e nobres as razões desses pesquisadores, que, ao tentarem introduzir esse elemento da cultura oriental em nosso meio, pretendem chamar a atenção para uma reflexão sobre a fome e o possível aproveitamento alternativo de recursos naturais para saná-la, mas seria bom que se refletissem mais a fundo sobre as reais causas da fome no mundo, porque ela não é necessariamente causada por falta de alimentos.


                    É sabido que, na China, comem-se coisas que geralmente não comemos aqui, e ninguém adoece por conta disso, mas os chineses, pelo menos, sabem preparar de maneira higiênica seus alimentos, selecionando os insetos de fontes seguras. Logo, seria difícil conseguirmos aqui o mesmo nível de qualidade, caso implementada fosse essa cultura de dietas à base de insetos, haja vista que sequer conseguimos manter o devido controle de qualidade da carne bovina que processamos e tentamos exportar para outros povos, inclusive para os chineses. Vide operação Carne Fraca e pagamentos de propinas por uma empresa produtora e exportadora de produtos de proteínas animais para livrar a cara.


                     Em vez de se fazerem pesquisas voltadas ao uso de insetos como alimentos, deveriam primeiramente ser conduzidas pesquisas voltadas à viabilidade da implementação da tradicional medicina chinesa no Brasil, haja vista que nossos remédios fabricados em laboratórios são escassos na rede pública de saúde, custam caro nas farmácias privadas e não devolvem plenamente a saúde ao povo. Conversaremos mais sobre isso.


                     Por ora, saudamos o dr. Felipe Arruda Magalhães, médico ginecologista e obstetra, nosso amigo e leitor, por seu novo consultório e por seu enlace matrimonial a ser efetivado, na noite desta sexta-feira, dia 07. Nada mais justo. Ele trabalhou muito para chegar aonde chegou. Saudamos também a cidade de Sobral e seus habitantes, a quem muita atenção, estima e consideração também devemos, especialmente pela passagem de mais um aniversário, na última terça-feira, dia 05. A todos os nossos leitores e colaboradores, desejamos um bom final de semana.



--- # --- # ---



2 comentários: