Um novo espaço para apresentação de desabafos e de pensamentos mais maduros a respeito de notícias e de episódios do cotidiano dos quais tomamos conhecimento.
Há quem diga que padre Cícero foi o maior cearense de todos os tempos. Nada contra ele, que tem nosso respeito, assim como seus devotos também o têm, mas consideramos que o maior cearense do século XX teria sido o empresário Edson Queiroz, que, com seu empreendedorismo e modo de conduzir seu conglomerado de empresas atuantes nos meios de comunicação, na indústria, no comércio e na educação, teria contribuído mais amplamente para o Estado do Ceará atingir o status de desenvolvimento atual.
Padre Cícero também teve um papel relevante na história cearense, porém proporcionalmente mais restrito. Além de ter promovido o desenvolvimento socioeconômico de Juazeiro do Norte e região do Cariri e de ter contribuído decisivamente para a queda de um governador, atribuem-se a ele milagres operados antes e após sua morte física, como a conversão de uma hóstia em sangue, na boca de uma fiel que teria recebido a comunhão das mãos do próprio, por exemplo.
Dom José Tupinambá da Frota, o primeiro bispo da Diocese de Sobral, estabelecida há exatos cem anos, teve um papel parecido com o de padre Cícero, no desenvolvimento socioeconômico e no imaginário popular da Zona Norte do Ceará, embora não se tenham chegado a atribuir-lhe milagres, tampouco acender-lhe velas, além de fazer-lhe promessas ou pagá-las. Ambos os religiosos tiveram mais influências temporais que espirituais em nossa história.
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