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sábado, 9 de novembro de 2013

Pés descalços 2


              Há algumas postagens, fizemos uma breve reflexão sobre o que é estar com os pés descalços. Pois bem, em geral, pés descalços, para muitas pessoas, é sinônimo de "ser você mesmo(a)", de leveza, de humildade, de desprendimento e de liberdade. O navegador Amyr Klink, por exemplo, segundo sua biografia, no livro Cem dias entre céu e mar, costumava caminhar com os pés descalços por Paraty, cidade do litoral fluminense onde ele passava a maior parte do tempo, mesmo quando se dirigia à eventos oficiais, como audiências no fórum da cidade, por exemplo.


              Há ocasiões e lugares nos quais se faz cômodo, conveniente e oportuno estar com os pés descalços, como em seu lar, por exemplo, ou em outros ambientes com os quais você esteja familiarizado(a) e onde se sinta seguro(a), como num templo religioso ou numa sala de ioga ou de meditação, por exemplo. Caminhar com os pés descalços na beira da praia também pode ser terapêutico. Possibilita contato mais íntimo com a natureza, mas é preciso tomar cuidado para não pisar em alguns animais marinhos que ficarem encalhados na areia, como águas-vivas, por exemplo, em dejetos de cachorros ou em materiais que deveriam estar no lixo, mas que foram irresponsavelmente deixados para trás na areia da praia.


              Por outro lado, estar com os pés descalços fora de casa nem sempre é "ser você mesmo(a)", leveza, humildade, desprendimento ou liberdade. Pode ser sinal de violação da honra. Já me chegaram ao conhecimento casos de indivíduos que foram assaltados e que tiveram até os calçados roubados. Veja que a vida e a dignidade do ser humano estão cada vez mais em jogo no Brasil. Por mais que o poder público aparentemente se esforce para coibir a criminalidade, os delinquentes já não conhecem mais limites para suas atitudes e não mais se importam com as consequências de seus atos, mostrando-se seres perfeitamente descartáveis, dispensáveis e que, portanto, não fariam falta, se fossem varridos da face da Terra.


              Quem tem uma arma na mão, acredita que pode dominar o mundo e que pode ter todos beijando seus pés. Definitivamente, não foi necessariamente a fome ou a dependência química que os produziu. Não é por causa da fome ou da drogadicção que agem assim. Agem por orgulho e ganância e o mais importante é causar prejuízos à terceiros, deixando suas marcas, por onde passam, sem se importarem com lucros. São frutos do mau caráter de uma banda podre da sociedade que quer subjugar a sociedade inteira aos seus caprichos. Para eles, assim como animais selvagens, indomináveis e transmissores de doenças, não nos restaria outra alternativa, a não ser sacrificá-los pelo fogo, antes que eles nos sacrifiquem, pois eles representam as piores e mais incontroláveis ameaças à vida humana. Alguma atitude precisa ser tomada para que o Brasil deixe de ser um grande parque industrial de seres antissociais. Ou destruímos as fábricas de bandidos de nossas cidades ou elas nos engolem e nos desconstroem.


              Enfim, a miséria, a desgraça e a escória do mundo andam com os pés descalços e querem deixar o restante do mundo com os pés descalços, não para matar a fome, mas para subjugar o restante do mundo, que, para eles, representa toda uma burguesia. Esse é o jeito deles de fazer justiça, descalçando a sociedade e subtraindo dela o que acreditam pertencer-lhes por direito. E ainda dizem que não existe comunismo no Brasil. O tempo veio fechando, ao longo desta postagem. Melhor encerrar por aqui. Conversaremos mais sobre este assunto em breve. 



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