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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Feliz Ano Velho

    

                       O primeiro mês de 2013 já se foi. Veja como este ano, mal começou, já está envelhecendo. Além disso, como já havia dito, ele não parece tão diferente do ano passado, pois não mudou muita coisa, da noite para o dia, mas já é possível fazer algum balanço, nas vidas individual e coletiva.



                       Se, por um lado, ganhamos energia elétrica mais barata, por outro lado, ganhamos também gasolina mais cara. De qualquer maneira, devemos continuar economizando as nossas fontes de energia, objetivando um uso racional e sustentável do meio ambiente.

                       Sem querer ser pessimista, mas, por vezes, me parece que o ano não começou muito bem para mim. Muitas portas se fecharam, poucas ainda estão por abrir. Minhas fontes de renda estão minguando. Como já devo ter dito antes, e vou continuar a dizer, a comunidade e o poder público querem explorar ao máximo o trabalho do médico, como se fosse um burro de carga, sem recompensá-lo devidamente. Os tempos são de vacas magras, sobre os quais pretendo discorrer em outra oportunidade. Como diz aquela música da Legião Urbana, "voltamos a viver como há dez anos atrás, e, a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas". No meu caso, viver como há três anos, porque, há dez anos, eu não era a sombra do que sou hoje, quando admito que vivo bem melhor do que então. Conversamos mais sobre isto noutra oportunidade.

                       Eu já sabia que teria um ano difícil pela frente, porque já imaginava que o último ano de residência exigiria mais de mim do que exigiu de outros que passaram por aqui, antes de mim, mas não esperava tanto. Tenho tendência para atrair certas coisas, como se fosse um para-raios. Por onde passo, tudo se transforma. Pode ser que minhas expectativas estejam erradas e que esteja fazendo tempestade num copo e água, porque 1998 e 2010 também foram anos divisores de águas, foram tempos cruciais e difíceis, mas não tanto quanto esperava. É tanto que consegui sobreviver a eles.

                       Sei que 2013, logo mais, chegará ao fim, o que, por um lado é bom, mas, por outro, é ruim. Este ano, ainda há muita coisa a ser feita, em pouco tempo. Ainda muito material a ser estudado, muito trabalho a ser trabalhado, muitas contas a serem pagas, uma monografia a ser escrita, enfim, tenho muito que fazer, para que, ao fim de tudo, possa dizer, com a consciência tranquila, que estou preparado para receber o futuro. Como já devo ter dito antes, haverá uma transformação radical em minha vida, mas preciso trabalhar para que ela se concretize.

                       Como falei em futuro, às vezes, tenho vontade de voltar ao passado e efetuar alguns reparos como, por exemplo, salvar meu alter ego de situações de risco, quando estava em lugares errados e nos momentos errados, quando tomou decisões erradas nas situações erradas, quando conheceu pessoas erradas e quando desperdiçou algum tempo precioso. Foram erros que cometi e que repercutiram em minha vida e nas vidas de pessoas próximas, como um efeito borboleta, erros pelos quais, grosso modo, estou pagando, até o presente momento.

                      Admito que não me remoeria tanto, por causa de meu passado, se não me preocupasse tanto com o futuro e soubesse aproveitar melhor o presente. Deve ser por isso que, por vezes, sinto muitas saudades dos meus tempos de faculdade. Seis anos pareciam uma eternidade, mas, no final das contas, vi que ainda era pouco. Depois conversamos mais sobre isto. Há dois anos, tentei me programar para otimizar meu aproveitamento, dia após dia, desta fase atual de vida, me dedicando quase que única e exclusivamente à minha residência médica, mas houve um acidente de percurso e a situação fugiu ao meu controle. Como já disse várias vezes, meus dias passam depressa, minhas semanas e meses, idem, e não consigo tirar o máximo de proveito possível e necessário do tempo que corre. O que se há de fazer??? Não vivemos como queremos, vivemos como podemos.


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