Dando continuidade àquela linha de raciocínio de uma postagem passada, não sei se você reparou ou se já teve a mesma sensação que eu tenho, a sensação de que, quanto mais o tempo passa, mais rápido ele passa, assim como se você estivesse dentro de um redemoinho, onde quanto mais próximo do núcleo, mais rápido você gira em torno dele.
Mais uma vez, quando eu menos espero, o dia já está acabando, esta semana também está acabando, o mês de julho de 2012 também está acabando, e, logo mais, o ano da graça de 2012 também estará findado. Espero que o mundo, a civilização e a humanidade não expirem junto com este ano.
Sei que cada pessoa tem sua maneira peculiar de perceber o tempo passar, mas, se por um lado, esta passagem acelerada de tempo é benéfica, porque alcançamos mais rapidamente nossos objetivos e não mais tardará a vermos os frutos de nossos trabalhos, além de nossos sofrimentos e nossas dúvidas logo se sublimarem, quando o alívio e as respostas que esperamos chegarem, por outro lado, estamos envelhecendo mais depressa, o mundo e tudo mais ao nosso redor também envelhece mais depressa. Teoricamente, amadurecemos mais depressa, porém também corremos o risco de apodrecer mais depressa.
Além disso, em meu caso, tenho notado que meus dias estão correndo cada vez mais velozes, e, não sei se seria necessariamente uma causa, mas o fato é que estou trabalhando cada vez mais. Eu sei que, quanto mais eu trabalho, teoricamente, além de aumentar minha renda, estou servindo cada vez mais a um incontável número de pessoas, trazendo-lhes algum conforto. O problema é que, de tanto trabalhar, talvez eu esteja estimulando as engrenagens dos relógios e fazendo meus dias correrem cada vez mais, desgastando as minhas próprias engrenagens, e talvez eu não os esteja vivenciando adequadamente, como eu gostaria. A vida está passando e eu não estou vendo-a passar, como eu gostaria.
Ainda me mantenho a par de algumas notícias de minha região, do meu país e do planeta por meio da Internet e, às vezes, do rádio, quando ouço, no trânsito. Televisão pouco tenho visto. Tenho me sentado diante da tela mais para ver algum filme ou alguma partida de futebol. Não que isto tenha alguma relevância para mim, mas eu não sabia, por exemplo, que o Fortal, a micareta (carnaval fora de época) de Fortaleza, já está em andamento. E eu com isso??? Só estou citando esse exemplo para você ter uma ideia do que está acontecendo comigo.
O importante é que tenho ciência de que preciso tirar o pé do acelerador, criar asas como Santos Dumont, aniversariante do dia, e aprender a carpediar um pouco mais e ver mais a vida passar, quem sabe me entrosar mais com ela, coisa que pretendo fazer, nas próximas semanas. Quiçá, um dia, num futuro distante, eu consiga levar estas minhas mensagens engarrafadas até a Lua. Se eles conseguiram chegar lá, há mais de quarenta anos, por que não eu???
Encerro a postagem de hoje, desejando a todos que passarem por aqui, especialmente àqueles que me consideram um amigo e àqueles por quem nutro o mesmo sentimento, um feliz Dia do Amigo, com muita saúde e alegria de viver.
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