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sexta-feira, 2 de março de 2012

Flagrante do cotidiano 7

          

            Como diz o ditado, "em terra de cego, quem tem olho é rei". Pois bem, o nosso querido Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), vulgo Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Ceará (UFC), que vem prestando serviços de saúde relevantes à comunidade, há mais de meio século, que, há exatos cinquenta anos, instalou os primeiros programas de formação de médicos especialistas do Ceará, e que esteve realizando esta semana sua jornada científica anual, com alusão especial a esse aniversário, é um hospital de referência em ensino, pesquisa e assistência médica, não apenas para o povo cearense, mas também para pacientes de Estados vizinhos e até mesmo de lugares mais distantes, como Brasília e Manaus, por exemplo.

            Uma das principais razões disto reside no fato de que o HUWC, ou simplesmente HU, para os íntimos, é um dos poucos hospitais do Brasil que realizam transplantes de órgãos nobres como o fígado, por exemplo. Além disso, existe uma grande carência de atenção médica nos níveis primário, secundário e terciário, em muitas cidades do interior, especialmente no nosso Nordeste. Por isso que sempre vemos muitas ambulâncias, micro-ônibus e veículos oficiais com placas de outros municípios, às vezes de outros Estados, estacionados nas redondezas do hospital, bem como dos seus parceiros geograficamente próximos a saber: Maternidade Escola Assis Chateaubriand e Instituto do Câncer do Ceará. Veículos como o das fotos abaixo, por exemplo, levam e trazem, todos os dias, pessoas que vêm à Fortaleza se consultar, realizar exames ou até mesmo se internar, para realizar procedimentos mais complexos e mais delicados.



             Então você pode deduzir o quanto aquela gente é carente e que o HU deve representar para ela uma luz no fim do túnel, que faz valer a pena cada viagem que ela faz. E olha que HU não é um hospital de primeiro mundo. Ele também tem suas carências. Há pouco mais de um ano, estava passando por uma de suas maiores crises. Com uma dívida milionária, viu-se obrigado a fechar muitos leitos. Ainda bem que, pelo menos até agora, as contas estão sendo devidamente administradas e o hospital voltou a funcionar normalmente. Depois quero falar mais sobre isto.




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